23 de fev 2025
Investimento em vinícolas no Brasil promete retorno, afirma fundador da WNT
O setor vinícola brasileiro enfrenta desafios, mas Minas Gerais vê crescimento. Valério Marega Jr. lançou a vinícola Arpuro, focando em qualidade e enoturismo. A técnica de dupla poda permite colheitas de uvas de alta qualidade no Sudeste. Enoturismo gera retornos superiores às vendas de vinho, atraindo turistas. Marega Jr. projeta produção de até 60 mil garrafas anuais, visando qualidade.
"Não estamos fazendo vinho como se estivéssemos comprando uma obra de arte, um Monet. Não é coisa de bilionário excêntrico. Vai dar retorno (Foto: Krisztian Bocsi/Bloomberg)"
Ouvir a notícia:
Investimento em vinícolas no Brasil promete retorno, afirma fundador da WNT
Ouvir a notícia
Investimento em vinícolas no Brasil promete retorno, afirma fundador da WNT - Investimento em vinícolas no Brasil promete retorno, afirma fundador da WNT
Uma piada comum no setor vinícola sugere que a melhor maneira de criar uma fortuna em uma vinícola é começar com uma grande fortuna. Isso se deve aos altos custos e riscos envolvidos, tornando o investimento desafiador e com retorno financeiro incerto. No entanto, essa percepção contrasta com o crescimento observado no Sudeste do Brasil, onde mais de duas centenas de novas vinícolas estão sendo estabelecidas, especialmente nas regiões de Andradas e Espírito Santo Pinhal, com cerca de 60 novas fazendas dedicadas à produção de uvas.
Valério Marega Jr., investidor da WNT e proprietário da vinícola Arpuro, localizada a 50 quilômetros de Uberaba, em Minas Gerais, afirma que "ninguém está entrando nessa para perder dinheiro". Ele destaca que o potencial de retorno é elevado, e que a vinícola não é apenas um hobby para milionários. Marega Jr. investiu na vinícola após perceber, durante a pandemia, que a amplitude térmica da região era ideal para o cultivo de uvas, utilizando a técnica da dupla poda, que permite colheitas em períodos secos, resultando em frutas de melhor qualidade.
Os custos para estabelecer uma vinícola variam entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão por hectare, e Marega Jr. acredita que o retorno não virá apenas da venda de vinhos, mas também do enoturismo, que já gera mais receita do que a venda da bebida em algumas vinícolas. A Arpuro, mesmo antes de lançar seus vinhos, já atraía entre 70 e 80 visitantes por dia nos fins de semana, oferecendo experiências que incluem degustação de vinhos da região e passeios pela propriedade.
A vinícola Arpuro planeja produzir mais de 15 mil garrafas de quatro variedades de vinhos, com a expectativa de aumentar a produção para 60 mil garrafas anualmente. Marega Jr. enfrenta o desafio de mudar a percepção sobre o vinho brasileiro, especialmente no Sudeste, onde muitos consumidores ainda associam a bebida a status. Ele acredita que a qualidade dos vinhos, aliada ao enoturismo, permitirá à vinícola se destacar no mercado, oferecendo produtos de alta qualidade e experiências únicas aos visitantes.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.