Março celebra a uva Riesling com os melhores vinhos selecionados pela ADEGA

Os aromas de pedra de isqueiro, pederneira e querosene são frequentemente associados à uva Riesling, uma variedade que apresenta características únicas e complexas. Esses aromas são resultado da presença de TDN (trimetil-dihidronaftaleno), uma substância encontrada na polpa da fruta, que, em concentrações específicas, se combina com notas de pera madura, maçã, mel e pimenta do reino branca. A presença desses aromas não é um defeito, mas sim uma indicação da tipicidade da Riesling.

Originária da Europa Central, a Riesling é cultivada desde a Idade Média em regiões como Rheingau na Alemanha e Alsácia na França. Além de suas áreas tradicionais, a variedade também é cultivada com sucesso em países como Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Chile, Estados Unidos e Argentina. Os vinhos produzidos a partir dessa uva são conhecidos por sua complexidade, concentração e notável capacidade de envelhecimento.

A história da Riesling remonta ao século XV, com a primeira menção registrada em 1435, no inventário do Conde Johann IV. A grafia moderna da uva foi documentada pela primeira vez em 1552. Essa longa trajetória destaca a importância da Riesling no mundo dos vinhos, sendo considerada uma das variedades mais nobres.

Entre os vinhos Riesling destacados, estão o Hugel Grossi Laüe Riesling 2013 e o Markus Molitor Bernkasteler Lay Auslese Riesling 2018, com preços que variam. Outros exemplos incluem o Dopff au Moulin Shoenenbourg Grand Cru Riesling 2017 e o Josmeyer Grand Cru Hengst Sélecion de Grains Nobles Riesling 2002. Esses vinhos refletem a diversidade e a qualidade que a Riesling pode oferecer, tanto em sua terra natal quanto em novas regiões vitivinícolas.