29 de mar 2025
Influencer conquista seguidores ao degustar os piores vinhos do mundo com humor
Emre Rende, o criador da página Chateau Garbage, revela sua jornada degustando os piores vinhos do mundo e suas experiências inusitadas.
Emre Rende: jornada pelos mais decrépitos brancos, tintos e rosés do planeta (Foto: Reprodução/VEJA)
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Emre Rende, fotógrafo e jornalista turco radicado na Suíça, se tornou um fenômeno nas redes sociais com seu projeto Chateau Garbage, onde experimenta e analisa os piores vinhos do mundo. Com mais de 119 mil seguidores no Instagram, ele utiliza um tom bem-humorado para descrever suas experiências, que incluem vinhos de baixa qualidade de regiões como os Balcãs e o Oriente Médio. Rende começou sua jornada em 2020, após uma festa em Istambul onde os convidados trouxeram garrafas de vinhos considerados "Matador de Cães", levando-o a criar uma competição para descobrir qual era o pior.
O influencer destaca que, apesar das caretas que faz durante as degustações, ele realmente aprecia o que faz. Para ele, "há tanto mérito em entender a profundidade de um Barolo safra de 1993 quanto em um vinho grego em uma garrafa de plástico". Rende não possui um ranking formal dos piores vinhos, mas afirma que os mais lendários vêm de lugares com pouca regulamentação, como Marrocos, Egito e Bulgária. Ele descreve os aromas de um Chateau Garbage como "acetona, cachorro molhado e repolho", e o paladar como uma mistura de descrença e arrependimento.
Rende também compartilha que a maioria dos vinhos que experimenta não provém de vinhedos adequados, mas sim de fábricas e garagens, o que faz com que os produtores estejam cientes da baixa qualidade de seus produtos. Ele revela que, ao ser reconhecido, muitos proprietários de vinícolas o olham com preocupação, temendo críticas. A pesquisa para encontrar esses vinhos é feita em supermercados rurais e pequenas tavernas, onde ele pode identificar um Chateau Garbage a 200 metros de distância.
Embora tenha visitado o Brasil em 2010, Rende menciona que a produção de vinhos no país não era tão grande na época. Ele recebe frequentemente mensagens de brasileiros pedindo que experimente os vinhos locais, especialmente os que ele classifica como Chateau Migraine, que garantem uma ressaca. Para ele, a diferença entre Chateau Garbage e Chateau Migraine é clara: o primeiro pode ser perigoso, enquanto o segundo, embora ruim, é ainda consumível. Rende prefere vinhos como Grenache e Syrah, que não fazem parte de seu trabalho, mas que ele aprecia em momentos de lazer.
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