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Côtes de Duras revela a riqueza dos vinhos do sul do Oeste francês

Vignerons das Côtes de Duras reestruturam vinhedos para melhorar a qualidade do cabernet franc e do sauvignon blanc, visando um futuro promissor.

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Reestruturação dos Vinhedos nas Côtes de Duras

Os vignerons das Côtes de Duras estão implementando uma reestruturação significativa em seus vinhedos, com foco na aumento da densidade de plantação e na exploração das variações de solo. Essa iniciativa visa aprimorar a qualidade dos vinhos, especialmente do cabernet franc e do sauvignon blanc.

Localizada entre as regiões de Garonne e Dordogne, a área das Côtes de Duras é cercada por quatro AOC vizinhas, incluindo Bergerac e Monbazillac. O terroir diversificado da região, caracterizado por colinas e vales, apresenta uma variedade de solos que influenciam diretamente a produção vinícola. Jean-Mary Le Bihan, do Domaine Mouthes Le Bihan, destaca que a região possui solos argilo-calcários que favorecem a produção de vinhos regulares e vibrantes.

Variações de Solo e Qualidade do Vinho

Os vignerons estão atentos à capacidade dos solos em regular a hidratação das vinhas. André e Manuel Baritaud, do Domaine Mont Ramé, explicam que os cabernets franc cultivados em áreas de solo sablo-calcário podem sofrer estresse hídrico em anos secos. Por isso, optaram por novas plantações em áreas mais argilosas, que oferecem melhor suporte hídrico.

O geólogo e enólogo Marc Quertinier ressalta a importância do cabernet franc na AOC, afirmando que em várias zonas o terroir é ideal para esse varietal, resultando em vinhos finos e equilibrados. O merlot, por sua vez, se destaca em solos variados, proporcionando complexidade aos vinhos.

Potencial do Sauvignon Blanc

O sauvignon blanc também reflete as variações de terroir na região. Nadia Lusseau, do Château Haut Lavigne, observa que o sauvignon cultivado em solos de boulbènes produz vinhos frutados, mas menos amplos. Em contrapartida, em solos argilosos, os vinhos apresentam mais corpo e acidez.

Quertinier ainda aponta que os solos brancos da AOC, muitos ainda não plantados, têm grande potencial. Ele acredita que o sauvignon e o sémillon podem trazer estrutura e complexidade aos vinhos da região, com a possibilidade de que até 60% da área da AOC seja dedicada a esses varietais. A reestruturação dos vinhedos nas Côtes de Duras promete um futuro promissor para a produção vinícola local.

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