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Fraudador de arte reincidente é preso por roubo de pintura de Courbet

Caso de fraude com quadro de Courbet revela falhas de due diligence no mercado de arte; Doyle preso pelo FBI e ação busca devolução ou indenização.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Gustave Courbet, Mother and Child on a Hammock, 1844 Courtesy Patrick Matthiesen
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  • Patrick Matthiesen comprou em 2015 a pintura a óleo de 1844 de Courbet, Mãe e filho numa rede de leilões francesa, e consignou-a em 2023 para a Nicholas Hall Gallery, em Nova York, para a TEFAF Maastricht, com preço listado de US$ 650 mil.
  • Doyle apresentou-se com identidades duvidosas e alegou vínculos com a Doyle Auctions; storage de informações e alertas de procedência levantaram sinais de fraude.
  • Doyle articulou a venda do Courbet por meio de parceiro, Shalva Sarukhanishvili, vendida à Jill Newhouse Gallery por US$ 115 mil, com proveniência falsa; a obra foi revendida a Jon Landau por US$ 125 mil sem repasse de dinheiro a Matthiesen.
  • Em 14 de novembro de 2024, o FBI prendeu Doyle, acusado de fraude eletrônica; Sarukhanishvili também é procurado pelas autoridades.
  • Matthiesen moveu ação, em setembro de 2024, para devolução da pintura ou indenização de US$ 550 mil, envolvendo Doyle, Sarukhanishvili, Jill Newhouse Gallery e Landau; o caso ressalta a falta de due diligence no mercado de arte.

Patrícia Matthiesen, proprietário da galeria britânica Matthiesen, moveu uma ação judicial envolvendo a venda de um Courbet de 1844. O caso envolve questões de procedência, falsas origens e a suposta participação de intermediários na cadeia de negócios do mercado de arte. O quadro Mother and Child on a Hammock foi adquirido em leilão francês em 2015 e consignado para exposição em Nova York em 2023, na feira TEFAF Maastricht, quando foi colocado à venda por US$ 650 mil.

A relação entre Matthiesen, Thomas Doyle e a Jill Newhouse Gallery entrou no foco público após a intermediação de Doyle, que apresentava identidades duvidosas e histórico criminal relacionado a fraudes. Doyle alegou ligações com a família de colecionadores de arte e com a Doyle Auctions, gerando preocupação sobre a confiabilidade do atendimento aos requisitos de due diligence no mercado.

Processo, datas e responsáveis

Em setembro de 2024, Matthiesen ingressou com ação judicial para a devolução do quadro ou indenização. No dia 14 de novembro de 2024, Doyle foi preso pelo FBI, sob acusação de fraude eletrônica, com investigações também sobre Sarukhanishvili e a Jill Newhouse Gallery. A ação aponta que os compradores teriam recebido documentação de procedência falsa.

O representante de Matthiesen, Steven Schindler, afirmou que Newhouse e Landau, comprador final, deveriam ter verificado a titularidade do quadro. O processo acusa a Jill Newhouse Gallery e Jon Landau de conhecimento indevido sobre a falta de titularidade plena para a venda. A defesa de Landau sustenta a propriedade legítima, conforme avaliação jurídica.

Desdobramentos e contexto no mercado

O caso evidencia falhas de due diligence no comércio de arte, segundo Radcliffe, presidente do Art Loss Register. A investigação envolve um redesenho de controles entre compradores, galerias e casas de leilões para evitar fraudes com obras de grande valor. A ação de Matthiesen ainda busca a devolução do Courbet ou o pagamento correspondente, estimado em US$ 550 mil.

As partes envolvidas não comentaram oficialmente o andamento do processo durante as etapas judiciais. A disputa permanece sob avaliação de tribunais federais de Nova York, com possível desdobramento sobre responsabilidade de cada interveniente na transação.

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