- O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou não haver debate interno sobre privatizar os Correios.
- A estatal fechou 2024 com déficit de 2,6 bilhões de reais e enfrenta resultados fracos.
- O Tesouro Nacional pode atuar como avalista de um financiamento de 20 bilhões de reais para a reestruturação, desde que haja um plano aprovado.
- A primeira fase do plano de reestruturação operacional e financeira foi apresentada em outubro, com a nova direção.
- A reestruturação ocorre poucos meses após a posse de Emmanoel Rondon como presidente, em meio a menores resultados financeiros.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 26, que não há debate interno no governo sobre privatizar os Correios. A estatal registrou prejuízo de 2,6 bilhões de reais em 2024 e enfrenta resultados financeiros negativos.
Haddad destacou que o Tesouro Nacional pode atuar como avalista de um financiamento de 20 bilhões de reais para recuperar a capacidade operacional da empresa, desde que haja um plano de reestruturação aprovado. Ele reiterou que não há indicação de mudança de controle pela privatização.
A equipe econômica realizou levantamento sobre serviços postais mundialmente e concluiu que o Estado mantém responsabilidade sobre universalização e subsídios a algumas operações. A afirmação ocorreu após a apresentação da primeira fase do plano de reestruturação.
Novo capítulo de gestão e fases do plano
A direção dos Correios apresentou, em outubro, a primeira fase do plano de reestruturação operacional e financeira, sob a liderança de Emmanoel Rondon, que assumiu a estatal há menos de um mês. A empresa enfrenta déficit relevante e baixa de resultados no ano anterior.
O plano prevê medidas para reequilibrar finanças e melhorar operações, com apoio público condicionado a aprovação pelo Tesouro Nacional. O objetivo é viabilizar financeiramente a reestruturação sem abrir mão de responsabilidades públicas.