28 de fev 2025
Praias do Rio atraem banhistas à noite, mesmo após 13 mortes registradas
As praias do Rio de Janeiro atraem banhistas à noite, buscando alívio do calor. O Corpo de Bombeiros registrou 13 mortes por afogamento em 2025. A baixa visibilidade e correntes de retorno são riscos principais ao nadar à noite. Foram realizados 8.800 salvamentos, com 50 ocorrências noturnas até agora. Especialistas alertam para a importância de nadar para os lados em correntes.
Banho de mar noturno causou 13 mortes por afogamento em 2025 no Rio (Foto: Daniele Dutra/UOL)
Ouvir a notícia:
Praias do Rio atraem banhistas à noite, mesmo após 13 mortes registradas
Ouvir a notícia
Praias do Rio atraem banhistas à noite, mesmo após 13 mortes registradas - Praias do Rio atraem banhistas à noite, mesmo após 13 mortes registradas
As praias do Rio de Janeiro têm atraído muitos banhistas durante a noite, com pessoas buscando escapar do calor intenso. No entanto, essa prática é desaconselhada pelo Corpo de Bombeiros, que registrou 13 mortes em todo o estado, a maioria na zona sul. Barbara Teodoro, de 32 anos, é uma frequentadora noturna da praia do Arpoador e destaca que prefere a água mais fria e a brisa da noite, embora tome cuidado para não se afastar muito da areia.
Casais como Paulo Rocha e Monique Moreira, ambos de 38 anos, também optam por mergulhar à noite para evitar o calor extremo, que chegou a 44ºC em fevereiro, com sensação térmica de 62,3ºC. Eles visitam a praia pelo menos uma vez por semana, aproveitando a tranquilidade do horário noturno. Monique, que está em recuperação de uma cirurgia, evita entrar no mar quando as ondas estão fortes, priorizando a segurança.
Entre os banhistas, muitos são jovens e famílias com crianças, que parecem ignorar os riscos associados ao mergulho noturno. Ana Beatriz dos Santos, de 21 anos, acompanha seu irmão de sete anos na praia, sempre atenta à segurança dele. Nos dois primeiros meses do ano, o Corpo de Bombeiros registrou 8.800 salvamentos no mar, com 50 ocorrências noturnas e as principais ocorrências concentradas na zona sul, especialmente no Leme e no Arpoador.
O Major Fábio Contreiras alerta que a baixa visibilidade e as correntes de retorno são as principais causas de afogamentos. Ele recomenda que, se alguém for pego por uma corrente, deve nadar para os lados, e não diretamente para a areia, para escapar da força da correnteza. A falta de iluminação na água à noite também aumenta os riscos, dificultando a identificação de perigos. Em caso de afogamento, a orientação é acionar um guarda-vidas ou ligar para o telefone 193, evitando tentativas de resgate por conta própria.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.