17 de mar 2025
Mecânico revela falhas na manutenção da Voepass e aponta riscos à segurança operacional
A Voepass teve operações suspensas pela Anac após queda de avião em 2024. Mecânico denunciou falta de suporte e manutenção inadequada na companhia. Imagens mostram aviões canibalizados, prática irregular durante inspeções. Denúncias revelam que problemas eram conhecidos, mas ignorados pela direção. Voepass nega irregularidades e busca retomar operações, afirmando priorizar segurança.
Foto: Reprodução
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A suspensão das operações da Voepass pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) trouxe à tona sérias denúncias sobre a manutenção das aeronaves da companhia. Em entrevista ao programa Fantástico, um mecânico da empresa revelou que a falta de suporte adequado compromete a segurança operacional. Ele destacou que a Voepass não fornece materiais e ferramentas necessárias, afirmando: “A Voepass não dá suporte nenhum para a gente da manutenção”. O mecânico também mencionou que problemas na aeronave envolvida no acidente de agosto de 2024 eram conhecidos internamente, mas ignorados pela gestão.
Após a tragédia que resultou na morte de 62 pessoas, o mecânico afirmou que a cultura operacional da Voepass não mudou, indicando que a situação piorou. Ele relatou que aviões sucateados eram canibalizados para fornecer peças a outras aeronaves, prática que, embora não ilegal, era realizada de forma irregular. Imagens mostraram aeronaves paradas em um terreno em Ribeirão Preto, cobertas para ocultá-las de inspeções da Anac. “Eles estavam escondendo da Anac”, disse o mecânico.
A Anac suspendeu as operações da Voepass devido à incapacidade da empresa de resolver irregularidades identificadas durante a supervisão. Mensagens recuperadas do celular do copiloto que faleceu no acidente revelaram preocupações sobre a segurança das aeronaves. O mecânico também mencionou que a manutenção reportava problemas, mas a cúpula da empresa insistia na operação das aeronaves, mesmo com falhas.
Em resposta às acusações, a Voepass afirmou que a segurança sempre foi prioridade e que o relatório preliminar do Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) confirmou a aeronavegabilidade do avião acidentado. A empresa defendeu a reutilização de componentes, desde que haja certificação e rastreabilidade adequadas, e negou qualquer tentativa de burlar fiscalizações, reiterando que segue todos os protocolos regulatórios.
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