Mianmar enfrenta risco de liquefação do solo após terremoto devastador de 7,7 graus

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) emitiu um alerta sobre o risco de liquefação do solo em várias regiões de Mianmar após um terremoto de 7,7 de magnitude ocorrido na última sexta-feira. O fenômeno, que transforma solos saturados em uma massa líquida, pode causar o colapso de estruturas, como casas e edifícios. Até o momento, o tremor resultou em 144 mortes e 732 feridos.

O epicentro do terremoto foi localizado a 16 km a noroeste de Mandalay, reverberando também na Tailândia e na China. O USGS classificou o risco de liquefação como extensivo, afetando uma área superior a 1 mil km² e potencialmente impactando mais de 1 milhão de pessoas. O geólogo Renato Lima destacou que Mianmar, com sua extensa faixa costeira, já pode ter enfrentado esse fenômeno anteriormente.

Além da liquefação, o terremoto causou danos significativos à infraestrutura, incluindo colapsos de pontes e destruição de edifícios em pelo menos cinco cidades. A Cruz Vermelha relatou que a infraestrutura pública, como estradas e prédios, foi severamente afetada, levantando preocupações sobre represas de grande porte. Em Bangkok, o tremor provocou o desabamento de um arranha-céu em construção, resultando na morte de oito pessoas.

As equipes de resgate estão ativas, buscando mais de 110 pessoas que podem estar presas sob os escombros. O chefe da ONU, António Guterres, anunciou que as Nações Unidas estão se mobilizando para oferecer assistência às vítimas do desastre. A situação continua a se desenvolver, com a possibilidade de novos tremores na região.