Número de mortos em terremoto em Mianmar sobe para 1.644 enquanto ajuda internacional chega

O Myanmar enfrenta uma tragédia após um terremoto de magnitude 7,7 que atingiu a região de Mandalay na sexta-feira, resultando em mais de 1.644 mortes e 3.408 feridos. O desastre ocorre em meio a uma guerra civil que já devastava o país, dificultando os esforços de resgate devido à destruição de infraestruturas e à falta de eletricidade. O governo militar, que normalmente rejeita ajuda externa, fez um apelo por assistência internacional, recebendo apoio de países como China, Índia e Rússia.

A cidade de Mandalay, com cerca de 1,5 milhão de habitantes, foi uma das mais afetadas, com relatos de colapsos de edifícios, incluindo mesquitas e casas. Moradores descreveram momentos de pânico e desespero enquanto tentavam resgatar familiares presos sob os escombros. A situação é crítica, com hospitais já sobrecarregados e a necessidade urgente de suprimentos médicos e alimentos.

Na Tailândia, o tremor foi sentido em Bangkok, onde um prédio em construção desabou, resultando em dez mortes e 78 desaparecidos. Os esforços de resgate estão em andamento, mas as operações são complicadas pela instabilidade da estrutura e pela falta de experiência das equipes. Drones e cães farejadores estão sendo utilizados para localizar sobreviventes sob os escombros.

A ONU anunciou a liberação de US$ 5 milhões para ajudar nas operações de emergência em Myanmar, onde cerca de 20 milhões de pessoas já necessitam de assistência humanitária. A situação se agrava com a continuidade dos conflitos armados, que dificultam ainda mais a mobilização de ajuda nas áreas mais afetadas.