30 de abr 2025
Onça-pintada que atacou caseiro em MS passa por reabilitação e se alimenta bem
Onça pintada que atacou caseiro em MS apresenta problemas de saúde e gera debate sobre interação entre humanos e animais selvagens.
Onça-pintada que supostamente atacou e matou zelador em Aquidauana foi encontrada na madrugada de ontem (Foto: Reprodução)
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A onça-pintada que atacou e matou o caseiro Jorge Ávalo, de sessenta anos, está em reabilitação no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O animal, que pesa noventa e quatro quilos, foi resgatado na região de Touro Morto e apresenta problemas de saúde, incluindo alterações no fígado e rins, além de anemia leve.
O último boletim médico, divulgado na terça-feira, informa que a onça está se alimentando bem, consumindo cerca de sete quilos de proteína animal diariamente. Apesar de estar ativa, exames de imagem revelaram alterações agudas nos órgãos, mas não indicam insuficiência. A onça chegou ao CRAS na quinta-feira passada após ser encontrada por agentes da Polícia Militar Ambiental (PMA).
O ataque fatal ocorreu no dia 22 de abril, quando os restos mortais de Ávalo foram encontrados na mata. Ele foi dado como desaparecido após um guia de pesca notar sua ausência. Vestígios de sangue e pegadas de grande porte foram encontrados nas proximidades. A polícia investiga as causas do ataque, que podem incluir escassez de alimento, comportamento defensivo do animal ou ações involuntárias da vítima.
Discussões sobre o futuro da onça
Após o incidente, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que discutirá os próximos passos para a onça em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). O ataque é considerado o primeiro fatal de onça a um ser humano no Brasil em quase duas décadas, gerando preocupação sobre a interação entre humanos e animais selvagens.
Pesquisadores alertam para os riscos da prática de ceva, que consiste em alimentar onças para atraí-las, o que pode levar os animais a perderem o medo natural dos humanos. Essa prática é ilegal em Mato Grosso do Sul desde 2011, mas ainda ocorre. Além disso, a exibição de felinos e outros animais selvagens como se fossem pets nas redes sociais contribui para a falsa sensação de segurança em relação a esses animais.
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