Acidente de helicóptero em Nova York levanta preocupações sobre segurança em passeios turísticos

Um acidente fatal com um helicóptero turístico em Nova York, ocorrido em 10 de abril, resultou na morte de seis pessoas, incluindo um piloto e uma família de cinco turistas espanhóis. O incidente reacendeu o debate sobre a segurança dos passeios de helicóptero, que operam sob regulamentações menos rigorosas do que as de aviões comerciais.

Os passeios de helicóptero são uma parte significativa da indústria turística nos Estados Unidos, gerando bilhões de dólares em receita. Em Nova York, os heliportos da cidade têm um impacto econômico de R$ 78 milhões por ano. No entanto, a Administração Federal de Aviação (FAA) enfrenta críticas sobre a segurança desses voos, especialmente após o recente acidente. Dados do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) mostram que a taxa de acidentes fatais para helicópteros é 0,69 por 100 mil horas de voo, em comparação com menos de 0,01 para aviões comerciais.

Regulamentação e Segurança

Os helicópteros turísticos operam sob regras da Parte 135 ou da Parte 91 da FAA. A Parte 135 é mais rigorosa e se aplica a serviços de transporte e fretamento, enquanto a Parte 91 é menos exigente, permitindo operações com requisitos mínimos. O helicóptero envolvido no acidente de abril estava operando sob as regras da Parte 91, que não impõem limites de tempo de voo ou requisitos de descanso para pilotos.

Desde 2008, ocorreram oitenta acidentes com helicópteros turísticos nos EUA, resultando em setenta e duas mortes. O Havaí lidera em acidentes, seguido por estados como Florida e Texas. Em resposta a esses incidentes, a FAA formou um comitê para revisar e melhorar as normas de segurança para voos turísticos, com recomendações esperadas até o final de setembro.

O que Fazer Antes de Voar

Antes de reservar um passeio de helicóptero, especialistas recomendam que os turistas verifiquem a certificação da empresa, as regras sob as quais operam e o treinamento dos pilotos. É aconselhável consultar o histórico de acidentes da empresa no banco de dados do NTSB e verificar se está afiliada a organizações de segurança que exigem padrões superiores aos da FAA.