Idosa é atropelada por bicicleta elétrica em pista de lazer de Ipanema durante fechamento para carros

Uma idosa de 63 anos foi atropelada por uma bicicleta elétrica na pista de lazer de Ipanema, na Zona Sul do Rio, na manhã de domingo. O incidente ocorreu durante o fechamento da Avenida Vieira Souto para veículos, quando a via deveria estar livre para pedestres.

O atropelamento acontece menos de uma semana após uma reportagem do GLOBO destacar a circulação irregular de ciclomotores e veículos elétricos na orla de Copacabana. A Secretaria de Ordem Pública (Seop) informou que a circulação de bicicletas elétricas é proibida nas pistas de lazer durante esse horário, conforme o decreto nº 13.531, de 22 de dezembro de 1994. A exceção é para crianças de até oito anos.

A Seop afirmou que uma equipe de fiscalização prestou auxílio à vítima, mas ela se recusou a ir ao posto médico e a registrar o ocorrido na delegacia. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um agente da Seop nas proximidades do acidente. O episódio gerou críticas nas redes, com internautas apontando a falta de controle sobre bicicletas elétricas e outros veículos leves na orla.

"Enquanto não multarem de verdade, vai continuar essa bagunça", comentou um usuário. Outro relato mencionou uma experiência semelhante: "Já fui atropelada por bike elétrica. Ninguém está nem aí." A Seop respondeu que realiza ações de conscientização e educação para ciclistas.

Embora um novo decreto do prefeito Eduardo Paes proíba a circulação e o estacionamento de veículos elétricos no calçadão, ainda não há regulamentação clara sobre onde e como esses veículos podem circular. A falta de fiscalização tem transformado a orla em um local caótico, com veículos leves trafegando em áreas exclusivas para pedestres e ciclovias.

Na última quinta-feira, ciclomotores eram oferecidos para aluguel informal em Copacabana, sem controle, por até R$ 100,00 a hora. Apesar de normas federais e municipais, a circulação de veículos elétricos leves continua sem regulamentação efetiva. A prefeitura afirmou seguir a portaria do Contran, mas não esclareceu como pretende regulamentar o uso desses modais na cidade.