Acidente com balão em SP é considerado grave por desobediência de passageiros

Um balão com 35 pessoas a bordo sofreu um acidente em Capela do Alto, São Paulo, no último domingo, resultando na morte de Juliana Alves Prado, de 27 anos, e ferimentos em outros dez passageiros. A defesa do piloto, Fábio Salvador Pereira, alega que a gravidade do incidente se deve à desobediência de alguns passageiros.

De acordo com o advogado Gabriel Gianinni Ferreira, Fábio, que possui 33 anos de experiência, fez um pouso “exitoso”, mas alguns passageiros, em estado de desespero, pularam do balão antes da aterrissagem. Juliana, que estava grávida, teria sido uma das que não seguiram as instruções. Gianinni afirma que Fábio pediu calma e orientou os passageiros a não pularem.

O advogado atribui o acidente a uma mudança climática drástica e destaca que o piloto tem experiência em voos na região. Fábio possui a licença de Piloto de Balão Livre (PBL), que o habilita a conduzir voos turísticos. Ele foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça, estando detido em Itapetininga.

Detalhes do Acidente

O balão de Fábio decolou de Iperó, próximo a Boituva, conhecida pelo balonismo. O acidente ocorreu cerca de 15 minutos após a decolagem, por volta das 8h. Um dos passageiros, Tiago Ribeiro Kempinas, de 37 anos, relatou que o balão colidiu com cercas e que ele e sua esposa pularam quando o balão estava a cerca de dois metros do chão.

Gianinni planeja apresentar novos vídeos do acidente para solicitar um habeas corpus, permitindo que Fábio responda ao processo por homicídio doloso em liberdade. A defesa argumenta que os que permaneceram no balão sofreram apenas ferimentos leves, enquanto a situação de Juliana foi trágica.