24 de jun 2025

Polícia Civil investiga desabamento na Urca por falta de autorização e segurança
Polícia Civil investiga desabamento em obra sem autorização na Urca; um operário está em estado grave e engenheiro será intimado.

Imóvel na Urca seria transformado em restaurante (Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo)
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um desabamento ocorrido na Rua Ramon Franco, na Urca, durante reformas em uma obra que visava transformar o local em um restaurante. O incidente, que aconteceu por volta de meio-dia, deixou três trabalhadores feridos, sendo que um deles se encontra em estado grave.
De acordo com o delegado Maurício Luciano, da 10ª DP (Botafogo), a obra não possuía autorização da prefeitura e os operários estavam sem Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O caso foi registrado como crime de desabamento, conforme o artigo 256 do Código Penal, que prevê penas de um a quatro anos de prisão, além de multa. A lesão corporal grave de uma das vítimas também será objeto de investigação.
Um dos operários, que ainda não foi identificado, corre o risco de ter uma perna amputada. A polícia já identificou o proprietário do imóvel e investiga se ele estava presente no momento do desabamento. A perícia está sendo realizada pelo Departamento de Polícia Técnica, e a Rua Ramon Franco foi interditada para os trabalhos de remoção dos escombros.
As vítimas foram levadas para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Entre elas, estão Josué Silva, de 54 anos, e Vitor A. Nascimento, de 48, ambos em estado estável. A terceira vítima, em estado grave, recebeu classificação vermelha.
Responsáveis e Causas
O engenheiro responsável pela obra, Heleno Madureira, foi identificado por meio de uma placa no local e será intimado. A polícia está coletando imagens de segurança da região e pretende ouvir testemunhas e responsáveis técnicos. A suspeita inicial é de que a estrutura, anteriormente uma clínica de estética, tenha sido sobrecarregada, o que pode ter contribuído para o colapso.
O delegado Luciano destacou que a gravidade do incidente reflete a conduta irresponsável de quem executou a obra. A decisão sobre a interdição definitiva do imóvel caberá à prefeitura, enquanto a Defesa Civil e a Secretaria de Conservação continuam atuando no local.
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