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Legista revela detalhes da morte de Juliana Marins após acidente no Monte Rinjani

Autópsia confirma múltiplas fraturas e hemorragia

Foto: Reprodução / Redes Sociais

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Juliana Marins, alpinista brasileira, morreu após um acidente no Monte Rinjani, na Indonésia, no dia 21 de junho de 2025. A autópsia, divulgada em 27 de junho, confirmou que a causa da morte foi um trauma contundente, resultando em danos a órgãos internos e hemorragia.

O especialista forense Ida Bagus Putu Alit, responsável pelo exame, informou que a jovem sofreu fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa, que causaram sangramento significativo. Em coletiva no saguão do Hospital Bali Mandara, em Denpasar, ele deu mais detalhes sobre os ferimentos.

“Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas em praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. Menos de 20 minutos”, explicou o legista.

Apesar dessa estimativa, Alit não soube precisar se esse tempo se refere diretamente à primeira queda. Ele também descartou a possibilidade de hipotermia, já que o corpo não apresentava ferimentos típicos da condição, como lesões nas pontas dos dedos.

O corpo de Juliana chegou ao Hospital Bali Mandara por volta das 11h35 (horário de Brasília) da quinta-feira (26) para a autópsia, após ser transportado por ambulância desde o Hospital Bhayangkara, na província onde o Monte Rinjani está localizado. A região não possui peritos especializados, o que exigiu o deslocamento.

Juliana caiu em um barranco de aproximadamente 200 metros de profundidade. Imagens de drones mostraram que ela ainda estava viva após a queda, o que gerou questionamentos e revolta. O corpo foi encontrado após três dias de busca, que foram dificultadas pelo mau tempo e pelo terreno extremamente acidentado.

De acordo com o legista, a morte ocorreu cerca de 20 minutos após os ferimentos, levando em consideração a ausência de sinais de hemorragia lenta e a gravidade das lesões.

Críticas à operação de resgate

A operação de busca e resgate gerou fortes críticas nas redes sociais. Internautas e familiares questionaram a lentidão e a eficiência do processo. A família de Juliana afirma que a morte foi resultado de negligência e já anunciou que pretende entrar com uma ação judicial contra as autoridades locais.

“Juliana sofreu negligência grave por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse conseguido salvá-la dentro das sete horas estimadas, ela ainda estaria viva”, publicou a conta no Instagram @resgatejulianamarins, que representa os familiares.

“Juliana merecia mais! Agora buscaremos justiça para ela, porque é isso que ela merece”, completou o perfil.

O chefe do Parque Nacional do Monte Rinjani, Yarman Wasur, se defendeu, afirmando que o clima e a topografia do local tornaram a operação extremamente difícil. “Fizemos tudo que estava ao nosso alcance”, disse.

Apoio do governo brasileiro

Diante da repercussão do caso, autoridades brasileiras se mobilizaram. O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, afirmou que a prefeitura assumiu os custos do traslado do corpo. “Hoje mais cedo conversei com Mariana, irmã de Juliana Marins, e assumimos o compromisso da Prefeitura com o traslado de Juliana da Indonésia para a nossa cidade, onde será velada e sepultada”, escreveu Neves nas redes sociais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se posicionou e determinou que o Ministério das Relações Exteriores prestasse todo o apoio necessário à família, incluindo o traslado do corpo até o Brasil.

Segurança no Monte Rinjani

O acidente de Juliana não é um caso isolado. A região já registrou outros episódios semelhantes, levantando preocupações sobre a segurança dos alpinistas. Especialistas defendem a necessidade urgente de melhorias, como instalação de barreiras, sinalização em áreas de risco e a exigência de acompanhamento profissional obrigatório para visitantes.

O alpinista Galih Donikara destacou que o Monte Rinjani não é indicado para iniciantes e que muitos subestimam os riscos. “É fundamental ter um guia experiente e fazer treinamentos prévios”, alertou.

Por outro lado, Yarman Wasur afirmou que o parque implementou medidas como cordas, escadas e revisão das regras recentemente. No entanto, admite que ainda não há restrições que impeçam turistas inexperientes de acessar rotas mais perigosas, o que segue sendo um ponto de preocupação para autoridades e montanhistas locais.

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