Corpo de Juliana é liberado após autópsia; laudo deve sair em até sete dias

O corpo de Juliana Marins, 26 anos, foi liberado para a família após uma necropsia realizada no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro. A autópsia, que durou mais de duas horas, foi feita em resposta a dúvidas sobre a certidão de óbito emitida na Indonésia, onde Juliana faleceu após uma queda durante uma trilha no monte Rinjani.

A nova perícia foi acompanhada por dois peritos legistas, um perito da Polícia Federal e um assistente técnico da família. O laudo preliminar deve ser divulgado em até sete dias. A família questiona a clareza sobre o momento da morte da jovem, que foi resgatada quatro dias após o acidente.

De acordo com a autópsia realizada na Indonésia, Juliana sofreu um trauma torácico grave e apresentava ferimentos extensos, incluindo fraturas na coluna e hemorragia interna. O legista indonésio, Ida Bagus Putu Alit, afirmou que a jovem não morreu devido à hipotermia, apesar das temperaturas próximas a 0 ºC à noite. Ele estimou que a morte ocorreu entre 1h e 13h do dia 25 de junho, pouco antes do resgate.

A operação de resgate foi complexa, levando sete horas para recuperar o corpo, que estava a 600 metros de profundidade. A família expressou sua tristeza ao confirmar que Juliana não sobreviveu ao acidente. O governador da região reconheceu a insuficiência da estrutura para operações de resgate em áreas de difícil acesso.

Juliana será velada nesta sexta-feira, em Niterói, com cerimônia aberta ao público das 10h às 12h. Após o velório, o corpo será cremado. A família aguarda ansiosamente o laudo da nova autópsia para esclarecer as circunstâncias da morte da jovem.