Guatemaltecos enfrentam noites nas ruas após terremotos que deixaram três mortos

Centenas de guatemaltecos passaram a noite ao relento nesta quarta-feira, 25 de outubro, temendo réplicas dos terremotos que atingiram o país na véspera. Os tremores, de 4,8 e 5,7 graus, causaram três mortes confirmadas, um desaparecido e danos significativos em residências e infraestrutura.

Os epicentros dos terremotos foram localizados nos povoados de Amatitlán e Alotenango, próximos à capital, conforme informações do serviço geológico dos Estados Unidos (USGS). Após o primeiro tremor, ocorrido às 15h11, foram registradas 151 réplicas, das quais 17 foram sentidas pela população, segundo o Instituto de Sismologia local.

O presidente Bernardo Arévalo informou que, além das fatalidades, há 618 desabrigados e 300 pessoas em abrigos. Oito casas estão em risco devido a danos estruturais. Para garantir a segurança da população, Arévalo suspendeu as aulas e o expediente de trabalho nos três departamentos mais afetados: Guatemala, Escuintla e Sacatepéquez.

Impactos e Resposta

Em várias localidades, como Palín e Santa María de Jesús, muitas pessoas dormiram em parques e ruas. Lucia Cocohua, de 60 anos, relatou que sua casa sofreu danos significativos após o tremor mais forte. Em Santa María de Jesús, cerca de 50% das residências apresentaram algum tipo de dano, incluindo edifícios históricos. O prefeito Mario Pérez destacou que a cidade está sem energia elétrica e quase incomunicável devido a deslizamentos de terra.

O presidente Arévalo visitou a região afetada por via aérea para avaliar os danos e reafirmou o compromisso do governo em trabalhar pela segurança da população. Ele expressou suas condolências às famílias das vítimas e garantiu que as autoridades estão mobilizadas para enfrentar a situação.