14 de jan 2025

Operação investiga ONG em São Paulo por suposto vínculo com o PCC
A operação "Scream Fake" prendeu o presidente da ONG Pacto Social Carcerário e advogados. Investigações apontam ligação da ONG com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Advogados da ONG teriam ajudado a ajuizar ações judiciais fraudulentas. A ONG, presidida por Luciene Neves, atua com presos e ex presidiários. A operação resultou em mandados em várias cidades de São Paulo e Paraná.
Foto:Reprodução
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Na manhã desta terça-feira, 14 de janeiro de 2024, a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deflagraram uma operação contra advogados e líderes da ONG Pacto Social Carcerário, suspeitos de envolvimento com o crime organizado. Foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo São Paulo, Guarulhos e Londrina. As investigações, que duram cerca de três anos, começaram após a apreensão de cartões de memória com informações sobre atividades criminosas dentro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau.
Os advogados estariam ligados ao setor denominado "gravatas", que, segundo as investigações, é responsável por assistência jurídica e gerenciamento de outras áreas da facção criminosa, como a "saúde". Profissionais de saúde, sem conhecimento do envolvimento criminoso, prestariam serviços médicos e odontológicos a detentos, recebendo valores significativos por isso. A organização criminosa financiaria esses atendimentos por meio de recursos obtidos de atividades ilícitas, intermediados pelo setor "financeiro".
A ONG Pacto Social Carcerário, que atua com presos e ex-presidiários, é acusada de ter ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). O presidente da ONG foi preso durante a operação, assim como advogados que supostamente colaboravam com a facção. A entidade, que se apresenta como defensora dos direitos dos detentos, teria ajudado a ajuizar ações judiciais com denúncias falsas de abusos no sistema penitenciário.
A operação, batizada de Scream Fake, faz referência ao documentário "O Grito", que retrata a realidade carcerária e conta com a participação de Geraldo Salles, vice-presidente da ONG, que se autodenomina ativista de direitos humanos. A ONG não se manifestou sobre a operação até o momento, e as investigações continuam em andamento.
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