18 de jan 2025
Menina de 12 anos é enterrada em São João de Meriti após ser baleada na frente da mãe
Nycolly Moraes da Silva, de 12 anos, foi morta durante operação policial em São João de Meriti. Mãe de Nycolly, Cláudia, também foi ferida e recebeu alta após a tragédia. Velório da menina foi marcado por dor e indignação da família e amigos. Investigação aponta que a Polícia Militar não socorreu as vítimas rapidamente. ONG Rio de Paz destaca aumento de crianças vítimas de bala perdida no Rio de Janeiro.
Menina morre baleada em São João de Meriti (Foto: Arquivo pessoal)
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Parentes, amigos e colegas de Nycolly Moraes da Silva, de 12 anos, se reuniram para o sepultamento da menina, que foi morta a tiros na comunidade Buraco Quente, em São João de Meriti, na manhã de quinta-feira (18). A mãe, Cláudia Morais, que também foi baleada na perna durante o tiroteio, estava ao lado do caixão, visivelmente abalada. O pai, Gelson Moreira, expressou sua dor, pedindo paz e bênçãos até para quem disparou. A família conseguiu realizar o funeral graças à solidariedade do dono da funerária, que arcou com os custos.
Nycolly foi atingida no tórax enquanto comprava um refrigerante com a mãe. Em um vídeo gravado após os disparos, a menina aparece caída no chão, enquanto moradores tentam socorrê-la. A Polícia Militar informou que os agentes estavam na comunidade para investigar um indivíduo em uma motocicleta roubada, quando foram atacados. A ONG Rio de Paz destacou que, desde 2020, cinquenta crianças foram vítimas de balas perdidas no estado do Rio, todas com até 14 anos.
A família de Nycolly alega que os policiais demoraram a prestar socorro. Cláudia foi levada ao hospital uma hora após o tiroteio, enquanto a menina morreu no local. O comando do 21º BPM instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias do ocorrido. Um homem foi detido com uma moto roubada, e o caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, que já ouviu testemunhas e agentes presentes na cena.
O velório de Nycolly ocorreu no Crematório Metropolitano São João Batista, e a cremação foi realizada no mesmo dia. Parentes relataram que o socorro foi inadequado, com os policiais mais preocupados em registrar a cena do que em ajudar. A avó de Nycolly, Regina Moraes, recordou o desespero ao ver a neta caída. A PM reafirmou que os agentes não dispararam durante a ocorrência, mas a situação gerou indignação entre os familiares, que clamam por justiça.
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