10 de fev 2025
Operação desmantela estaleiro irregular na Ilha do Governador e prende gerente
O gerente do estaleiro irregular Superpesa foi preso por crimes ambientais. Oito pessoas foram detidas por despejo de metais tóxicos na Baía de Guanabara. A empresa atuava como ferro velho sem autorização, resultando em multa de até R$ 50 milhões. Investigação utilizou drones e revelou desmanche inadequado de navios na área. A operação visa transformar o Rio em uma "metrópole azul" e proteger o meio ambiente.
Inea autua a empresa Superpesa na Cidade Universitária. O estaleiro está autorizado a realizar consertos em navios, mas não tem licença para desmanche. (Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo)
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Na manhã desta segunda-feira, o gerente de um estaleiro irregular na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, foi preso em flagrante, juntamente com outras oito pessoas, por crimes ambientais. A operação foi realizada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que identificaram a empresa Superpesa como um “ferro-velho de navios”. Fiscais relataram que o estaleiro despejava metais tóxicos e óleo diretamente na Baía de Guanabara.
Após três meses de investigação, os agentes do Inea observaram a retirada inadequada de peças dos navios, onde o aço era cortado com maçaricos e os destroços deixados sem cuidados. Bernardo Rossi, secretário de Ambiente e Sustentabilidade, destacou que a empresa utilizava uma licença municipal para reparos, mas na verdade realizava desmanches ilegais, sem a devida autorização e descontaminação. Ele mencionou a presença de óleo diesel, chumbo e mercúrio sendo despejados na água.
A operação contou com o apoio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e do batalhão da Polícia Ambiental. Rossi afirmou que a ação não se limita aos Jogos Pan-Americanos, mas visa transformar o Rio em uma "metrópole azul". O secretário ressaltou que a empresa tinha um grande faturamento com a poluição da Baía de Guanabara, causando danos significativos ao meio ambiente.
O proprietário do estaleiro será responsabilizado pela descontaminação da área, e a multa por crimes ambientais pode chegar a R$ 50 milhões. O Inea já havia orientado a empresa em agosto do ano passado, mas a situação se agravou. Rossi enfatizou que medidas cabíveis serão tomadas para que a situação sirva de exemplo e que a recuperação da área é possível.
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