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Roraima registra alarmante número de desaparecidos, impulsionado por facção e garimpo ilegal

Carlos Henrique Cornivell recebeu vídeo da execução de seu irmão, Angel, em Boa Vista. Cemitério clandestino em Roraima revela corpos de venezuelanos, suspeita se de execuções. Roraima tem a maior taxa de desaparecimentos do Brasil, com 81,4 por cem mil habitantes. Facção Tren de Aragua, envolvida em crimes, se expandiu com a imigração venezuelana. Polícia Civil enfrenta críticas por descaso em investigações de desaparecimentos.

Imagem de abertura da milícia miliciana (Foto: Arte O GLOBO)

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Carlos Henrique Cornivell recebeu um vídeo perturbador via WhatsApp, onde seu irmão, o venezuelano Angel Cornivell, de 26 anos, é executado em um cativeiro em Boa Vista, Roraima. Antes do vídeo, Carlos havia alertado a Polícia Civil sobre o desaparecimento do irmão, suspeitando que ele estivesse enterrado em um cemitério clandestino na periferia da cidade. Em abril de 2023, buscas foram realizadas, mas o corpo de Angel não foi encontrado. O Brasil registrou 80.317 casos de desaparecimentos em 2023, com Roraima apresentando a maior taxa, de 81,4 desaparecimentos por cem mil habitantes.

A região de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela e a Guiana, enfrenta uma crise humanitária e é influenciada por facções criminosas, como a Tren de Aragua, que se originou na Venezuela e se expandiu para outros países da América Latina. O Ministério Público de Roraima informou que a facção se uniu ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao Comando Vermelho para dominar rotas de tráfico de drogas e armas. O sistema carcerário local abriga 418 presos venezuelanos, representando quase 10% da população prisional do estado, com crimes frequentes relacionados a tráfico e homicídios.

Recentemente, um cemitério clandestino foi descoberto em Roraima, onde corpos de vítimas, possivelmente julgadas por facções, foram encontrados. A polícia investiga a conexão entre esses corpos e os desaparecimentos, incluindo o de Angel. Dados do Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas revelam que muitos Boletins de Ocorrência (BOs) não são lidos, e a situação é agravada pelo preconceito contra imigrantes. A delegada local destacou a falta de apoio da chefia e a crescente influência das organizações criminosas na região.

Marling Orence de Navarro, uma venezuelana que busca sua filha desaparecida, expressou sua frustração com a falta de apoio das autoridades. Sua filha, Heidymar Carolina Orence, desapareceu após um acidente em 2022. Marling acredita que Heidymar estava em perigo e teme que ela tenha sido vítima de uma situação criminosa. A Polícia Civil, por sua vez, negou que os BOs não fossem lidos e afirmou que as investigações são iniciadas imediatamente, independentemente de despachos formais. A descoberta do cemitério clandestino levanta preocupações sobre a segurança na região e a eficácia das investigações.

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