Oruam é liberado após quatro horas de detenção e anuncia álbum em meio a polêmica

Na quinta-feira, 20 de fevereiro, o rapper Oruam, conhecido como Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, foi detido na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, após tentar fugir de uma abordagem policial. Ele foi autuado por direção perigosa e, após o pagamento de uma fiança de R$ 60.720, foi liberado em menos de quatro horas. Oruam, que é filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, utilizou suas redes sociais para tranquilizar os fãs, afirmando que estava bem e focado em resolver a situação.

Durante a cobertura da detenção, o repórter Bruno Assunção, do SBT Rio, foi agredido por apoiadores do rapper. Os manifestantes, que seguravam placas pedindo a soltura de Oruam, assediaram verbalmente Assunção e o cinegrafista, além de tentarem obstruir a captação de áudio. O jornalista relatou que outros profissionais da imprensa também foram atacados e que um colega teve o celular roubado. Ele expressou sua indignação em um vídeo, afirmando que a agressão a jornalistas não deveria ocorrer.

A detenção de Oruam coincidiu com o anúncio do lançamento de seu primeiro álbum, intitulado Liberdade, o que levantou suspeitas sobre a possibilidade de a prisão ter sido uma estratégia de marketing. O rapper se defendeu, afirmando que não faz marketing e que sua detenção foi um ato espontâneo. Oruam também está no centro de um projeto de lei, conhecido como lei anti-Oruam, que visa proibir a contratação de artistas que promovam apologia ao crime em eventos voltados ao público infantojuvenil.

Oruam, que possui cerca de 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify e 9 milhões de seguidores no Instagram, continua a gerar polêmica com suas letras e shows. Recentemente, ele se envolveu em uma controvérsia ao ser abordado por um policial que pediu uma foto, resultando em uma investigação. O rapper frequentemente menciona a relação com seu pai em suas músicas e redes sociais, refletindo sobre a vida e os desafios enfrentados.