07 de mar 2025
Um em cada quinze americanos já vivenciou um tiroteio massivo em sua vida
Estudo revela que 7% dos adultos americanos já vivenciaram tiroteios em massa. Tiroteio em Las Vegas em 2017 resultou em 60 mortes e 413 feridos. A pesquisa destaca impactos psicológicos significativos em sobreviventes. Desde 2014, ocorreram cerca de 5.000 tiroteios nos EUA, média de 500 anuais. A necessidade de programas para reduzir a violência armada é enfatizada.
A gente busca refúgio em meio a um tiroteio em Las Vegas, em 1 de outubro de 2017. (Foto: David Becker/Getty Images)
Ouvir a notícia:
Um em cada quinze americanos já vivenciou um tiroteio massivo em sua vida
Ouvir a notícia
Um em cada quinze americanos já vivenciou um tiroteio massivo em sua vida - Um em cada quinze americanos já vivenciou um tiroteio massivo em sua vida
O tiroteio em Las Vegas, em 2017, resultou na morte de 60 pessoas e deixou 413 feridos, além de 454 que se machucaram durante o pânico que se seguiu. O evento, que ocorreu em um show com cerca de 22 mil pessoas, é um dos mais impactantes da história dos Estados Unidos. Um novo estudo da Universidade de Colorado Boulder revela que 7% dos adultos americanos já estiveram presentes em um tiroteio em massa, enquanto 2% foram feridos, incluindo aqueles atingidos por estilhaços.
Os tiroteios em massa, definidos como incidentes em que quatro ou mais pessoas são atingidas em locais públicos, tornaram-se uma realidade frequente nos EUA, com 5 mil ocorrências registradas desde 2014, conforme o Gun Violence Archive. O estudo destaca que a definição de tiroteio em massa varia, o que dificulta a compreensão do impacto real. Os pesquisadores entrevistaram 10 mil adultos em janeiro de 2024, definindo “físicamente presente” como estar nas proximidades do tiroteio no momento em que ocorreu.
David Pyrooz, autor do estudo, afirma que “um em cada quinze” americanos já esteve presente em um tiroteio, evidenciando a magnitude do problema. O estudo também aponta que 54,9% dos tiroteios ocorreram após 2015, e 76,2% deles aconteceram em comunidades locais, como bares e escolas. Não foram encontradas diferenças significativas na exposição a tiroteios entre gêneros, raças ou classes sociais.
Embora o estudo não tenha avaliado diretamente o impacto na saúde mental, Pyrooz observa que cerca de 75% das pessoas presentes em tiroteios, mas não feridas, relataram problemas psicológicos, como ansiedade e depressão. Em contraste, apenas 20% da população geral enfrenta esses desafios. O autor espera que a pesquisa ajude a entender melhor as consequências de um fenômeno que afeta cada vez mais pessoas e ressalta a necessidade de apoio a programas que visem reduzir a violência armada.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.