10 de mar 2025
Equipe Sombra recebe R$ 50 mil por assassinato de policial em investigação da DHC
A Gardênia Azul, antes dominada por milícias, foi tomada pelo Comando Vermelho em fevereiro de 2023. A Equipe Sombra, ligada ao Comando, recebe pagamento por assassinatos, com valores variando conforme a vítima. O grupo foi responsável pela morte de três médicos em outubro de 2023, confundidos com milicianos. BMW, atual líder da Equipe Sombra, sobreviveu ao massacre e expande operações na Zona Oeste. Cerca de 70% dos integrantes da Equipe Sombra morreram, mas o grupo permanece ativo e rotativo.
Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, e Edgard Alves de Andrade, o Doca (Foto: Reprodução)
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Depoimentos na Delegacia de Homicídios (DHC) revelam que a Equipe Sombra, ligada ao Comando Vermelho, remunera seus integrantes por assassinatos, com valores variando conforme a "importância da vítima". O assassinato do policial Anderson Gonçalves de Oliveira, em fevereiro de 2023, rendeu R$ 50 mil a cada autor. A informação foi obtida de um ex-integrante próximo a Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, atual chefe do grupo, e Ryan Soares de Almeida, o R22, ambos envolvidos na morte de três médicos na Barra em outubro de 2023, após um erro de identificação.
A Equipe Sombra surgiu após um racha nas milícias da Gardênia Azul, na Zona Oeste, onde seus primeiros membros foram expulsos e receberam apoio de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho. Ele mediou a entrada do grupo no Comando Vermelho, que buscava expandir seu domínio na região. A relação entre os milicianos e os traficantes foi revelada durante as investigações sobre os homicídios dos médicos, que foram confundidos com um miliciano de Rio das Pedras.
Os integrantes da Equipe Sombra, como Philip Motta Pereira, o Lesk, e Francisco Glauber Costa de Oliveira, o GL, se tornaram conhecidos pela brutalidade de seus crimes, com pelo menos 20 homicídios registrados entre fevereiro e abril de 2023. A violência na Rua Araticum, em Jacarepaguá, fez com que a via fosse apelidada de Rua da Morte. A polícia identificou BMW como um dos principais articuladores dos homicídios, embora ele tenha sido poupado pela facção devido a um erro de informação.
Após a morte de Lesk, BMW assumiu a liderança da Equipe Sombra, que continua operando na Zona Oeste, agora focando em Curicica. A facção mantém uma alta rotatividade de integrantes, com cerca de 70% dos membros mortos desde o início das investigações. Em um funk acessado pela DHC, os versos ressaltam a continuidade da violência na região, com BMW prometendo ações agressivas.
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