A polícia investiga o tiro fatal que vitimou Jean-Pierre Maldera, um ex-chefe da máfia de setenta e um anos, em uma rodovia perto de Grenoble, no sudeste da França. O crime ocorreu na manhã de quarta-feira, quando Maldera foi perseguido em seu carro e abatido enquanto trafegava pela A41. Os atiradores fugiram do local, e o veículo Renault Megane, utilizado no crime, foi encontrado queimado em um estacionamento de Grenoble.

A morte de Maldera ocorre dez anos após o desaparecimento de seu irmão, Robert Maldera, também envolvido no crime organizado e apelidado de "o louco" por membros do submundo criminal local. Segundo o jornal regional Le Dauphiné Libéré, Jean-Pierre abandonou seu BMW e tentou escapar a pé, mas foi alcançado e morto por três ou quatro homens armados com um fuzil de guerra, possivelmente um Kalashnikov.

Maldera foi uma figura central no grupo mafioso conhecido como "Italo-Grenoblois" durante as décadas de 1980 e 1990, ao lado de seu irmão. Em 2004, ambos foram condenados por uma série de crimes relacionados à máfia, mas foram liberados no ano seguinte devido a um erro administrativo. Apesar de ter um histórico criminal desde a década de 1970, Maldera parecia ter optado por uma vida mais tranquila após sua saída da prisão no início dos anos 2000, com as autoridades não tendo notícias dele até seu assassinato recente.

Não está claro se Maldera ainda estava envolvido em atividades criminosas no momento de sua morte. Seu irmão Robert desapareceu em 2015, aos cinquenta e cinco anos, após uma reunião nos arredores de Grenoble. Seu carro foi encontrado dois meses depois em um estacionamento próximo. Fontes que investigaram os irmãos Maldera afirmam que Jean-Pierre era o estrategista por trás de suas operações, enquanto Robert atuava como o musculoso do duo.