André Ferreira Borges, conhecido como Pane, foi morto na noite de terça-feira, 11 de abril de 2024, durante um confronto com a Polícia Militar em Campinas, São Paulo. O criminoso, de 45 anos, era um membro da "restrita tática" do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma unidade de elite especializada em ações de alto risco, e estava sendo investigado por diversos assaltos milionários, incluindo o mega-assalto em Araçatuba em 2021. A abordagem policial ocorreu após uma denúncia anônima sobre o transporte de armas para um roubo a banco.

Durante a ação, os policiais encontraram no veículo de Pane mais de R$ 500 mil em dinheiro, a maior parte em dólares, além de uma submetralhadora, munições e uma luneta para mira de longo alcance. Segundo a PM, o criminoso reagiu atirando contra os agentes, que revidaram, resultando em sua morte no local. Pane já havia sido preso em 2019 por um roubo a banco em Ubatuba, mas foi solto em 2024 e respondia ao processo em liberdade.

Investigações revelaram que Pane mantinha uma vida luxuosa nos Estados Unidos, onde investia em criptomoedas e utilizava carros blindados como forma de proteção. Ele era apontado como um dos principais articuladores de ações violentas conhecidas como "novo cangaço", que envolvem quadrilhas fortemente armadas atacando instituições financeiras. O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, destacou que a operação da PM desarticulou um núcleo estratégico do PCC.

Pane não era o único membro da facção a ser alvo de operações policiais. Em fevereiro de 2024, Carlos Alves Bezerra, conhecido como Carlão, também integrante da "restrita tática", foi morto em uma ação da Rota. A morte de Pane e a prisão de outros membros do PCC refletem o esforço contínuo das autoridades para combater a criminalidade organizada no Brasil.