Grupo de 18 brasileiros do PCC é acusado de tráfico de armas e fentanil nos EUA

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou, nesta terça-feira, a prisão de dezoito brasileiros envolvidos em tráfico de armas e drogas no país. Entre os detidos, estão membros de uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação, que durou um ano, resultou na apreensão de 110 armamentos ilegais, além de munição e fentanil, uma substância que se tornou um grave problema de saúde pública nos EUA.

Dos acusados, doze estão no país como imigrantes ilegais. O grupo é acusado de transportar armas, incluindo pistolas e rifles, da Flórida e da Carolina do Sul para Massachusetts. As autoridades identificaram brasileiros em diversas comunidades do estado envolvidos na venda de armas, algumas das quais estão ligadas a atividades de gangues, incluindo o PCC e grupos locais menores, como a Tropa de Sete e o Trem Bala.

A procuradora Leah Foley afirmou que os réus fazem parte de um “sindicato do crime ilegal” e que o tráfico de armas está associado a uma organização criminosa transnacional. Além do tráfico de armas, os suspeitos também estariam envolvidos na venda de fentanil, uma droga 50 vezes mais potente que a heroína. A diretora interina da unidade de Imigração e Fiscalização Aduaneira, Patricia Hyde, destacou a gravidade da situação, mencionando que os acusados introduziram armas letais em Massachusetts.

As acusações incluem tráfico de armas sem licença e conspiração, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão, além de multas de até US$ 250 mil. Para aqueles que possuírem armas como imigrantes ilegais, a pena pode ser de até quinze anos de prisão. Após o cumprimento das sentenças, os réus poderão ser deportados, conforme as diretrizes do tribunal distrital federal.