20 de mar 2025
Provedora de internet GPX Telecom encerra atividades após ataque do Comando Vermelho no Ceará
GPX Telecom encerra atividades após ataque devastador em Caucaia, refletindo a crise de segurança que afeta provedores no Ceará.
Loja de provedor de internet depredada em Caucaia (CE) (Foto: Redes Sociais/Reprodução)
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A provedora de internet GPX Telecom, que atuava em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, anunciou o encerramento de suas atividades após um ataque criminoso em 17 de março. O incidente destruiu rapidamente a infraestrutura da empresa, que já enfrentava uma série de ataques atribuídos à facção Comando Vermelho, que extorque provedores de internet na região. A Polícia Civil do Ceará confirmou que esses ataques visam forçar pagamentos mensais para a continuidade dos serviços.
As investigações revelaram que a facção impõe taxas para que as empresas possam operar em áreas específicas, e a falta de pagamento resulta em represálias violentas, como incêndios e cortes de cabos. Além disso, provedores clandestinos, sob controle do crime organizado, dificultam o acesso a serviços regulares. O governo estadual criou um grupo especial para investigar esses crimes, e a Operação Strike resultou na prisão de 27 suspeitos entre fevereiro e março.
A violência contra provedores de internet impactou diretamente a população, com 90% das residências em Caridade sem acesso à internet, prejudicando serviços essenciais. O Complexo Industrial e Portuário do Pecém também foi afetado, com ataques que comprometeram a conectividade na região, dificultando operações logísticas. Outras empresas, como Brisanet e ACNet, também foram alvo de ataques, deixando milhares de clientes sem conexão.
Um levantamento indicou que cerca de 10% da população da Grande Fortaleza, equivalente a 400 mil pessoas, vive em áreas sob controle de facções, onde provedores ilegais operam sem fiscalização. Após o ataque que destruiu sua sede, a GPX Telecom comunicou oficialmente o encerramento de suas atividades, enquanto as autoridades continuam a investigar os crimes e buscam garantir a continuidade dos serviços sem a interferência do crime organizado.
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