23 de mar 2025
Dentista baleada em Salvador morre após tiroteio; órgãos serão doados
Larissa Azevedo Pinheiro, cirurgiã dentista de 28 anos, faleceu após ser atingida por uma bala perdida em Salvador. Sua morte mobilizou 483 doadores de sangue e gerou discussões sobre a violência policial na Bahia, que já contabiliza 267 mortes em intervenções em 2025. Os órgãos de Larissa serão doados, oferecendo esperança a outras vidas.
Larissa Azevedo Pinheiro foi baleada enquanto ia para o trabalho no dia 14 de março (Foto: Reprodução/Larissa Pinheiro no Instagram)
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Uma cirurgiã-dentista de 28 anos, Larissa Azevedo Pinheiro, faleceu após ser atingida por uma bala perdida durante um tiroteio entre policiais e suspeitos de roubo de veículos na Avenida Paralela, em Salvador. O incidente ocorreu no dia 14 de março, quando Larissa se deslocava para o trabalho em um mototáxi. Apesar de ter sido internada e mobilizado uma campanha de doação de sangue, ela não sobreviveu aos ferimentos e faleceu no dia 22 de março.
O enterro de Larissa está agendado para amanhã, 24 de março, em Itamari, no interior da Bahia. Durante o tiroteio, o mototaxista alertou Larissa para se abaixar, mas ela foi atingida no peito. Além dela, outras três pessoas ficaram feridas, incluindo um assessor parlamentar e dois suspeitos, um dos quais morreu no confronto. Larissa foi submetida a uma cirurgia e ficou internada na UTI do Hospital Geral Roberto Santos.
Os familiares de Larissa expressaram gratidão pela mobilização em torno de sua recuperação e informaram que seus órgãos serão doados. A irmã de Larissa, Letícia Pinheiro, destacou que 483 doadores de sangue se registraram em Salvador, além de doações de outras cidades e estados. "Os órgãos dela darão vida a outras vidas", afirmou Letícia.
A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) informou que quatro homens dispararam contra os policiais do Batalhão Apolo, resultando na morte de um suspeito e ferimentos em Larissa. Em 2025, a Bahia já contabiliza 267 mortes em intervenções policiais, colocando o estado em primeiro lugar no ranking nacional, com uma média de cinco mortes diárias durante ações policiais, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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