Peixão planejava criar empresa no Paraguai para facilitar importação de armas e drones

O criminoso Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, estava planejando abrir uma empresa de fachada no Paraguai para facilitar a importação de armas, drones e bloqueadores de sinal. A informação foi revelada durante uma investigação da Polícia Federal, que prendeu Everson Vieira Francesquet, suposto armeiro de Peixão, na semana passada. A troca de mensagens entre os dois, iniciada em junho do ano passado, indicou que Peixão tinha contatos no Paraguai para obter um endereço que facilitasse a importação de equipamentos ilícitos.

Francesquet explicou que o Paraguai possui fiscalização aduaneira reduzida, permitindo a importação de produtos como fuzis AK-47 sem grandes dificuldades. Ele mencionou que os itens poderiam ser enviados pelos Correios após cruzarem a fronteira. Peixão, por sua vez, sugeriu a criação de uma loja no Paraguai, afirmando que poderia organizar um esquema eficiente para receber as mercadorias, incluindo armamentos pesados.

A investigação começou após a prisão de Francesquet, que tentava retirar um fuzil antidrone em um centro de distribuição dos Correios em Nova Iguaçu. Após ser solto, ele passou a ser monitorado pela Polícia Federal, que interceptou mensagens que detalhavam a compra e o envio de materiais, incluindo códigos de rastreamento. Francesquet também se preocupava com o valor do dólar, que poderia impactar os custos das importações.

Os Correios e a DHL Express afirmaram que estão comprometidos em combater o envio de objetos ilícitos e colaboram com as autoridades. O AliExpress, plataforma onde Francesquet realizava compras, também se manifestou contra atividades criminosas e se colocou à disposição para ajudar nas investigações. A defesa de Francesquet não foi localizada para comentar o caso.