Facção evangélica do Rio planejava assassinar líder do Comando Vermelho com drones

O TCP (Terceiro Comando Puro), uma facção criminosa evangélica do Rio de Janeiro, planejava utilizar drones de guerra para assassinar o líder do CV (Comando Vermelho), conforme revelam conversas do WhatsApp obtidas pela Polícia Federal. Em um diálogo de junho de 2024, o armeiro do TCP, Everton Vieira Francesquet, mencionou que com um drone seria possível "explodir o Doca", referindo-se a Edgar Alves de Andrade, o principal líder do CV. Francesquet foi preso recentemente, e as conversas indicam uma intensa disputa territorial entre as facções.

Alvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, é um dos criminosos mais procurados do Rio, com sete mandados de prisão por diversos crimes, incluindo tráfico de drogas e homicídio. Em conversas, Peixão se referiu ao crime como um "presente de Deus" e afirmou ter "um exército" à disposição para confrontos com o CV. Ele também comemorou ter ferido rivais com explosivos, destacando a brutalidade da facção em suas operações.

Peixão e Francesquet discutiram a possibilidade de abrir uma empresa de fachada no Paraguai para facilitar a compra de armas e bloqueadores de sinal, uma estratégia que poderia fortalecer o poder bélico do TCP. O armeiro confirmou a aquisição de fuzis e mencionou a facilidade de transporte de armas do Paraguai para o Brasil, evidenciando a articulação da facção para expandir seu arsenal.

O TCP, sob o comando de Peixão, tem se mostrado uma força crescente no tráfico de drogas, utilizando símbolos religiosos para legitimar suas ações. A facção, que se opõe ao CV, tem sido responsável por pelo menos 200 vítimas nos últimos dois anos, incluindo sequestros relacionados a golpes de venda de veículos. A Polícia Civil observa que Peixão tem uma rede de contatos internacionais para a obtenção de armas e drogas, consolidando sua posição como um dos principais líderes do TCP.