07 de abr 2025
Polícia Civil de São Paulo investiga Discord por transmissão de violência a jovens
Polícia Civil de São Paulo investiga Discord por transmissão de live com conteúdo violento. Grupo disseminava pornografia infantil e ideologias extremistas.
Discord ganhou popularidade na pandemia (Foto: Tiffany Hagler-Geard/Bloomberg)
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A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito em março para investigar a plataforma Discord, após a empresa não atender a um pedido para remover uma live que transmitia conteúdo violento. A Secretaria de Segurança Pública informou que a live, acessível a crianças e adolescentes, mostrava cenas de violência, incluindo estupros virtuais e automutilação. A delegada Lisandrea Salvariego, do Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad), destacou que a situação não foi tratada como emergencial pela plataforma.
Os investigadores monitoravam um grupo que disseminava violência e pornografia infantil. Após o episódio, um documento foi enviado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que deu início ao inquérito em 28 de março. A polícia planeja ouvir representantes da empresa no Brasil e outros envolvidos no caso. O Discord, em nota, afirmou que possui equipes dedicadas a combater redes de ódio e que utiliza ferramentas automatizadas para bloquear conteúdos que infringem suas diretrizes.
A plataforma também mencionou que realiza denúncias proativas de comunidades como as chamadas “panelas”, onde são identificados símbolos neonazistas e a venda de pornografia infantil. Esses grupos, que se tornaram populares durante a pandemia, utilizam emojis e códigos para disfarçar diálogos extremistas. O Discord afirmou que suas ações já resultaram em prisões e na prevenção de crimes.
O uso de símbolos relacionados a ideologias de ódio entre jovens no Discord foi abordado em reportagens anteriores, incluindo uma série da Netflix. A empresa reafirmou seu compromisso em colaborar com autoridades, incluindo o Noad, para combater a violência e o ódio em sua plataforma.
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