08 de abr 2025
Sara, mulher trans, é torturada e assassinada em vídeo que choca a Colômbia
A brutalidade do assassinato de Sara, mulher trans conhecida como "La Millerey", reacende o clamor por justiça e proteção à população LGBTIQ+ na Colômbia.
Sara Millerey González em uma fotografia compartilhada em suas redes sociais. (Foto: RR SS)
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A violência contra a população LGBTIQ+ na Colômbia ganhou destaque após o brutal assassinato de Sara, uma mulher trans de 32 anos conhecida como "La Millerey". Ela foi torturada e morta em Bello, próximo a Medellín, com o crime sendo registrado em vídeo que rapidamente se espalhou nas redes sociais. As autoridades relataram que Sara teve os braços e as pernas quebrados antes de ser jogada em uma quebrada, o que a impediu de nadar e buscar ajuda.
De acordo com o Observatório de Direitos Humanos da ONG Caribe Afirmativo, em 2025 já foram registrados 25 assassinatos de pessoas LGBTIQ+, sendo 15 delas trans. O diretor da ONG, Wilson Castañeda, expressou sua preocupação com a crescente violência, afirmando que "a diversidade nos está custando a vida". Apesar da criação de uma nova oficina no Ministério da Igualdade para tratar de questões de diversidade sexual e de gênero, a violência continua a aumentar.
Após a divulgação do vídeo, a Defensoria do Povo da Colômbia identificou treze transfeminicídios nos primeiros três meses de 2025. A Prefeitura de Bello anunciou que iniciará investigações para identificar os responsáveis pelo crime, embora ainda não haja informações sobre os suspeitos. O presidente da República, Gustavo Petro, também se manifestou, descrevendo o ato como uma forma de fascismo.
Castañeda destacou que as áreas mais afetadas pela violência contra a população LGBTIQ+ são o Vale de Aburrá e o distrito de Água Blanca em Cali. Ele fez um apelo para que as autoridades locais tomem medidas efetivas e ressaltou a necessidade de a sociedade se posicionar contra discursos de ódio que alimentam essa violência. Em resposta ao assassinato de Sara, várias ONGs organizaram "velatones" em cidades como Bogotá e Medellín, exigindo justiça para todas as vítimas de transfobia no país.
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