Virginia Giuffre, vítima de Jeffrey Epstein, comete suicídio na Austrália após anos de luta

Virginia Giuffre, conhecida por suas acusações de abuso sexual contra o príncipe Andrew e Jeffrey Epstein, foi encontrada morta na Austrália. A família confirmou que sua morte, ocorrida no último sábado, dia 26 de abril, foi um suicídio, resultado de danos psicológicos profundos. Giuffre, de 41 anos, tornou-se uma figura proeminente na luta contra o tráfico sexual.

Giuffre ganhou notoriedade ao denunciar Epstein, um magnata condenado por crimes sexuais, e o príncipe Andrew, filho da Rainha Elizabeth II. Ela alegou ter sido agredida sexualmente pelo príncipe em 2001, quando tinha apenas 17 anos. O caso contra Andrew foi emblemático, levando-o a se afastar de suas funções na monarquia britânica após um acordo extrajudicial de milhões de dólares com Giuffre.

Nos últimos meses, Giuffre enfrentou problemas de saúde, incluindo um grave acidente de carro que a deixou hospitalizada. Em postagens nas redes sociais, ela expressou estar com insuficiência renal e mencionou ter poucos dias de vida. Sua família lamentou profundamente a perda, afirmando que não há palavras para descrever a dor causada pela morte de Virginia.

A polícia australiana confirmou que os serviços de emergência foram acionados após a denúncia de uma mulher inconsciente em Neergabby, onde Giuffre foi declarada morta. Sua história de abuso e exploração sexual a tornou uma das vozes mais reconhecidas na luta contra o tráfico de pessoas. Giuffre deixa um legado de coragem e resistência em um contexto de dor e sofrimento.