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Lixões clandestinos são descobertos no Rio de Janeiro com envolvimento do tráfico de drogas

Lixões clandestinos voltam a surgir no Rio, com facções do tráfico cobrando taxas para descarte irregular de resíduos. Investigação em andamento.

Material sólido ocupa terreno de aterro clandestino no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ) (Foto: Divulgação/Inea)

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Lixões clandestinos são descobertos no Rio de Janeiro

Lixões a céu aberto foram encontrados no Rio de Janeiro, especialmente na capital e em Duque de Caxias. A situação se agrava com o envolvimento de facções do tráfico, que cobram taxas para o descarte irregular de resíduos. A Polícia Civil e órgãos ambientais investigam os casos.

Uma operação realizada no dia 8 de abril pelo Instituto do Ambiente (Inea) e as polícias Civil e Militar identificou um lixão em Jardim Gramacho, próximo ao antigo aterro desativado em 2012. Caminhões despejavam entulhos, materiais orgânicos e eletrônicos no local. Durante a ação, foram encontrados dois fornos para produção de carvão vegetal, além de quinze empresas identificadas e oito pessoas levadas à delegacia.

O aterro de Jardim Gramacho, que ocupava 130 hectares, foi desativado com a promessa de um polo reciclador e habitações para ex-catadores. No entanto, essas promessas não foram cumpridas. Em 2024, a Comlurb enviou um ofício ao Inea alertando sobre o impacto ambiental dos novos aterros, que estariam contaminando aquíferos subterrâneos e suprimindo vegetação de manguezal.

Investigação e atuação das facções

A investigação revelou que grupos armados estão ocupando terrenos para oferecer descarte de lixo a preços abaixo do mercado. Empresas de gestão de resíduos desviam a rota para aterros clandestinos, em vez de levar os materiais ao Centro de Tratamento de Resíduos em Seropédica. O protocolo do estado prevê a notificação dos responsáveis pelos terrenos, podendo acionar o Ministério Público em casos de reincidência.

Na Vila Urussaí, em Duque de Caxias, um grupo solicitou licenças ambientais para terraplanagem, mas a atividade era uma "cortina de fumaça" para encobrir o lixão. Técnicos constataram que resíduos estavam soterrando um trecho do rio Saracuruna. Um homem se apresentou como catador, mas a investigação apontou que ele era sócio de uma empresa sem licença para operar.

Promessas não cumpridas

O antigo aterro de Jardim Gramacho, que recebeu lixo da capital e cidades vizinhas, foi desativado em 2012. Promessas de indenizações e construção de um polo reciclador não foram cumpridas, resultando na pobreza de ex-catadores. Em 2024, o Ministério das Cidades anunciou um investimento de R$ 22 milhões para o projeto, que deveria ter sido iniciado em 2013.

Sebastião Santos, presidente do Movimento Nacional Eu Sou Catador, destacou que a expectativa é que o novo polo iniba a criação de novos aterros clandestinos. A situação atual reflete a necessidade urgente de soluções eficazes para a gestão de resíduos na região.

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