Polícia prende nove pessoas, incluindo agentes públicos, por ligação ao Comando Vermelho

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nove pessoas durante a Operação Hitman, realizada na segunda-feira (5). Entre os detidos estão um policial militar e um guarda civil municipal de Araras, suspeitos de executar membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) para expandir a influência do Comando Vermelho (CV) no interior paulista. Um terceiro guarda civil permanece foragido.

A operação, conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira, teve como objetivo desarticular uma célula do CV na região. Os mandados de prisão foram cumpridos em Limeira, Araras, Leme e até em Gramado, no Rio Grande do Sul, onde um dos guardas foi encontrado em um hotel. A polícia cumpriu dez mandados de prisão temporária e dezesseis mandados de busca e apreensão.

Os detidos são acusados de tentar dominar rotas de tráfico de drogas e armas na chamada "Rota Caipira", entre Limeira e Araras. A investigação revelou que o grupo ligado ao CV planejava assassinar membros do PCC para garantir o controle territorial. O delegado Leonardo Burger destacou que os suspeitos atuavam em diversas frentes, incluindo tráfico de drogas e corrupção passiva.

Além das prisões, a polícia apreendeu quatro armas, munições, R$ 16 mil, 2,5 quilos de cocaína e meio quilo de maconha. A Prefeitura de Araras informou que os guardas civis envolvidos foram afastados e que o caso será investigado pela Corregedoria da Guarda Civil Municipal. O Comando da Polícia Militar não se manifestou sobre a prisão do policial.