12 de mai 2025
Mapa interativo revela áreas dominadas por facções no Rio de Janeiro e ajuda motoristas
Mapa interativo revela áreas dominadas por facções no Rio de Janeiro, mas criador enfrenta ameaças e não espera mudanças das autoridades.
Mapa colaborativo indica, por siglas, o domínio territorial de facções como Comando Vermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP) e milícia (M); ferramenta é atualizada por moradores e motoristas. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
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Um mapa interativo que revela as áreas dominadas por facções criminosas no Rio de Janeiro tem ganhado destaque nas redes sociais. Criado pelo canal Pega a Visão RJ, o projeto já acumula mais de 7,5 milhões de visualizações. O autor desenvolveu a ferramenta após a morte de um amigo, um motoboy que desapareceu em uma área controlada por traficantes.
O mapa, que funciona como um guia de sobrevivência, indica em tempo real quais regiões estão sob domínio de grupos como o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro. O criador, que prefere permanecer anônimo, relatou que já recebeu ameaças de milicianos e afirmou que a situação no estado é uma "guerra perdida". Ele destacou que o mapa é utilizado por motoristas de aplicativo, taxistas e até policiais.
Funcionamento do Mapa
A ferramenta é uma extensão colaborativa do Google Maps, com áreas coloridas conforme a facção dominante. Os usuários acessam um link que mostra a cidade dividida em zonas, onde é possível identificar o controle de cada grupo. As informações são atualizadas quase diariamente, com base em relatos de moradores e cruzamento de dados de fontes confiáveis.
O autor do mapa recebe informações de um grupo no Telegram com cerca de quatro mil pessoas e valida os dados com múltiplas fontes. Ele cobra R$ 10,00 para limitar o uso por jornalistas e influenciadores que não dão crédito ao projeto. A repercussão inicial ocorreu após a divulgação em canais de Telegram e no X, onde rapidamente atraiu milhares de usuários.
Impacto e Expectativas
Motoristas relatam que o mapa os ajuda a evitar áreas perigosas, recebendo agradecimentos frequentes. Apesar do sucesso, o criador não espera mudanças significativas por parte das autoridades. Ele afirma que os criminosos dominam quase tudo e que a polícia não atua efetivamente nas comunidades. O autor conclui que a situação é alarmante e que a ferramenta é uma resposta à falta de segurança no Rio de Janeiro.
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