Justiça aceita denúncia e torna réus acusados de latrocínio contra ciclista em SP

O juiz da 30ª Vara Criminal de São Paulo, Marcus Alexandre Manhães Bastos, aceitou a denúncia do Ministério Público contra Jefferson de Souza Jesus e Erik Benedito Veríssimo, acusados de latrocínio (roubo seguido de morte) do ciclista Vitor Medrado, ocorrido em fevereiro de 2023. O crime, que chocou o país, aconteceu em frente ao Parque do Povo, na zona sul da capital paulista, onde a vítima foi baleada à queima-roupa durante um assalto.

Os réus, que já estão presos desde março, podem enfrentar penas de até 30 anos de prisão. A denúncia foi apresentada na quinta-feira, 15 de fevereiro, e o juiz destacou a crueldade do ato, afirmando que os acusados mataram Medrado "como quem espreme uma formiga com seu dedo polegar". A decisão de manter a prisão preventiva foi motivada pela necessidade de proteger a sociedade e pela gravidade do crime.

O juiz também observou que, se liberados, os réus provavelmente continuariam a cometer crimes, colocando em risco a vida de outras pessoas. "Dificilmente passarão a viver do trabalho honesto e digno", afirmou. A defesa dos acusados ainda não foi constituída, mas eles podem ser assistidos pela Defensoria Pública.

Vitor Medrado, de 46 anos, foi abordado por dois homens em uma moto e, mesmo sem reagir, foi baleado. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele foi atingido e o garupa da moto levou seu celular. O ciclista foi socorrido, mas não sobreviveu aos ferimentos.