Explosão em ônibus escolar no Paquistão deixa cinco mortos, incluindo crianças

Uma explosão em um ônibus escolar na região de Balochistan, Paquistão, resultou na morte de pelo menos cinco pessoas, incluindo três crianças, e deixou dezenas de feridos. O incidente ocorreu por volta das 07h40 (02h40 GMT) nas proximidades da cidade de Khuzdar, enquanto o veículo transportava cerca de 40 alunos. Imagens que circulam nas redes sociais mostram os destroços carbonizados do ônibus, com mochilas espalhadas ao redor.

O ataque foi rapidamente condenado pelo Ministro do Interior, Mohsin Naqvi, que o classificou como "barbarismo" e afirmou que os responsáveis são "bestas que atacam crianças". Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, mas a região é conhecida por sua instabilidade e por uma insurgência separatista que busca maior autonomia.

Contexto de Insurgência

Balochistan tem enfrentado uma longa história de conflitos, com grupos como o Balochistan Liberation Army (BLA) lutando por independência. O exército paquistanês acusou a Índia de estar por trás da explosão, embora não tenha apresentado evidências concretas. As tensões entre Paquistão e Índia aumentaram recentemente, após um ataque a turistas na Caxemira, que resultou em um breve conflito militar.

Em março, um ataque semelhante em Sibi, também em Balochistan, deixou 21 civis e quatro militares mortos. O BLA foi responsabilizado por esse ataque, que se insere em um padrão de violência que afeta a população local, especialmente crianças. Historicamente, o Paquistão tem visto ataques direcionados a escolas, como o massacre de 2014, que resultou na morte de 145 pessoas, a maioria estudantes.

Violações de Direitos Humanos

Organizações de direitos humanos têm denunciado as violações cometidas tanto por grupos insurgentes quanto pelas forças de segurança paquistanesas. Relatos indicam que milhares de pessoas da etnia Baloch desapareceram ao longo das últimas duas décadas, muitas vezes sem qualquer processo legal. A situação em Balochistan continua a ser uma preocupação crescente para o governo e a sociedade civil, que clamam por medidas efetivas para garantir a segurança e os direitos da população.