Procuradores questionam especialista sobre trauma de abuso no julgamento de Diddy

Sean "Diddy" Combs está enfrentando um julgamento federal por acusações de racketeering e tráfico sexual. O caso ganhou novos desdobramentos com os testemunhos de uma agente federal, um psicólogo e um ex-assistente, revelando detalhes sobre o comportamento de Combs e as drogas encontradas em sua residência.

Durante a audiência, a agente especial da Homeland Security, Gerard Gannon, apresentou evidências de que foram encontradas drogas, incluindo cocaína e MDMA, em uma caixa decorada com o nome "Puffy" na casa de Combs em Miami Beach. A busca realizada em março revelou também uma pistola .45 e partes de armas AR-15 com números de série raspados. Gannon afirmou que a quantidade de substâncias e itens encontrados indicava um ambiente propenso ao uso de drogas.

O psicólogo forense Dawn Hughes testemunhou sobre o comportamento de vítimas de abuso, afirmando que é comum que elas permaneçam em relacionamentos abusivos devido ao controle exercido pelos agressores. Hughes destacou que a dependência financeira e a vergonha são fatores que dificultam a saída dessas vítimas de situações de violência.

O ex-assistente George Kaplan, que trabalhou para Combs, revelou que frequentemente era ameaçado e instruído a comprar drogas e preparar quartos de hotel. Ele descreveu como sua função incluía proteger a imagem pública de Combs, limpando os quartos após suas estadias e garantindo que tudo estivesse em ordem. Kaplan mencionou que, em algumas ocasiões, foi solicitado a trazer drogas para o rapper.

O julgamento continua, com a expectativa de que mais testemunhas, incluindo o músico Scott Mescudi, conhecido como Kid Cudi, prestem depoimento. Combs se declarou inocente das acusações e, se condenado, pode enfrentar até prisão perpétua.