22 de mai 2025
Estudantes da PUC-SP protestam por discriminação racial e infraestrutura precária
Estudantes da PUC SP intensificam paralisação após queda de teto e aparição de rato no restaurante, exigindo mudanças estruturais e antirracistas.
Parte do teto caiu e um rato apareceu em um refeitório da PUC-SP durante a última semana. (Foto: Reprodução)
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Uma paralisação de estudantes da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) completou quatro dias nesta quinta-feira (22). O movimento, organizado pelo coletivo Saravá, denuncia discriminação racial e exige melhorias na infraestrutura da universidade. A mobilização ganhou força após a queda de parte do teto de um prédio na segunda-feira (19), durante uma assembleia.
Na quarta-feira (21), um rato foi filmado no restaurante universitário, o que levou a reitoria a interditar o espaço. Em comunicado, a instituição informou que as refeições seriam servidas em marmitas durante a interdição, com reabertura prevista para a tarde do mesmo dia. A PUC-SP afirmou que o restaurante é gerido por uma empresa terceirizada e que "providências cabíveis estão sendo tomadas".
Estudantes de diversos cursos, como Relações Internacionais e Psicologia, aderiram à paralisação. Um aluno, que preferiu não se identificar, comentou sobre a resistência de alguns estudantes do curso de Direito em apoiar as demandas, citando um "elitismo" que prioriza as provas em detrimento da luta contra o racismo. Entre as reivindicações estão a criação de um currículo antirracista e a redução do preço das refeições.
O coletivo Saravá recebe relatos anônimos de discriminação, incluindo casos de racismo velado e estigmatização de alunos negros e bolsistas. A nova reitoria da PUC-SP, que assumiu neste ano, declarou que a universidade funciona normalmente e que as atividades acadêmicas e administrativas estão em curso. A reitoria também ressaltou que a situação do teto foi mal interpretada, afirmando que não houve queda em salas de aula, mas apenas um descolamento de estuque em um corredor.
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