Cinco detentos continuam foragidos após fuga de prisão em Nova Orleans

Uma grande operação de busca está em andamento em Nova Orleans após a fuga de dez detentos do Centro de Justiça da Paróquia de Orleans. A fuga, ocorrida na madrugada de sexta-feira, expôs falhas de segurança na prisão, resultando na recaptura de cinco fugitivos, enquanto cinco ainda permanecem foragidos.

Os detentos escaparam ao remover um vaso sanitário e uma pia de uma cela, cortando barras de aço e saindo por um buraco na parede. Eles deixaram uma mensagem provocativa na cela: "to easy LOL". Após a fuga, os fugitivos se despiram dos uniformes e escalaram o muro da prisão, fugindo pela rodovia Interstate 10.

Um funcionário de manutenção, Sterling Williams, foi preso sob a acusação de ajudar os detentos ao desligar o fornecimento de água, o que facilitou a remoção do vaso e da pia. Williams alegou que foi ameaçado por um dos fugitivos. Seu advogado, Michael Kennedy, defendeu que ele apenas seguiu ordens e não tinha conhecimento do plano.

Recaptura e Investigações

As autoridades informaram que duas mulheres, Cortnie Harris e Corvanntay Baptiste, foram presas por auxiliar os fugitivos. Harris transportou dois deles e Baptiste forneceu comida a um fugitivo que já foi recapturado. Os detentos, com idades entre 19 e 42 anos, enfrentam acusações graves, incluindo homicídio e roubo à mão armada.

Mais de 200 agentes de segurança estão envolvidos nas buscas, com o apoio do FBI e do CrimeStoppers, que oferecem recompensas de até US$ 20.000 por informações que levem à captura dos foragidos. Os recapturados foram transferidos para uma instalação de segurança máxima.

Falhas de Segurança

A fuga levantou preocupações sobre a administração da prisão, que já enfrentava críticas por más condições e superlotação. A xerife Susan Hutson destacou que a prisão abriga cerca de 1.400 detentos, muito além da capacidade ideal. Além disso, cerca de um terço das câmeras de segurança não funciona, e há problemas com trancas e portas.

Uma investigação interna está em andamento, resultando na suspensão de pelo menos três funcionários do Gabinete do Xerife. A prisão opera sob um decreto federal desde 2013, exigindo que a administração atenda a padrões de segurança. As autoridades continuam a investigar as circunstâncias que permitiram a fuga e a falta de supervisão adequada.