29 de mai 2025




Escolas públicas do Rio enfrentam tiroteios frequentes, com Maré em destaque
Tiroteios a cada 2 horas em escolas do Rio afetam 800 mil alunos. Relatório revela a urgência de ações para garantir segurança e acesso à educação.
Foto:Reprodução
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As aulas em escolas públicas da região metropolitana do Rio de Janeiro estão sob constante ameaça, com tiroteios ocorrendo a cada 2 horas. Um relatório divulgado hoje revela que, em um ano, foram registrados mais de 4,4 mil tiroteios nas proximidades de instituições de ensino, afetando cerca de 800 mil crianças e adolescentes.
O estudo, intitulado "Educação sob cerco", foi realizado em parceria entre o Unicef, o Instituto Fogo Cruzado, a Universidade Federal Fluminense e o Centro para o Estudo da Riqueza e da Estratificação Social. Ele aponta que 54,8% das escolas na cidade do Rio estão localizadas em áreas controladas por facções criminosas ou milícias. A zona norte concentra o maior número de ocorrências, com 1.714 tiroteios registrados em 2022.
Impacto nas Escolas
O relatório destaca que 48% dos estudantes do Grande Rio estão expostos à violência armada. A situação é alarmante, pois a zona sul apresenta apenas 30% de escolas afetadas, enquanto a zona norte chega a 65%. A análise também revela que a escola mais impactada está em São Gonçalo, onde ocorreram 18 episódios de violência em um único ano.
Além disso, o levantamento identificou que a disputa territorial entre facções e milícias intensificou a violência nas áreas escolares. O Complexo da Maré, por exemplo, registrou 276 tiroteios em 2022, afetando a rotina de alunos em 45 escolas.
Respostas e Ações
Em resposta à crise, o governo do estado, sob a liderança de Cláudio Castro, implementou protocolos de comunicação para informar sobre operações policiais nas escolas. A prefeitura do Rio, administrada por Eduardo Paes, também se manifestou, afirmando que realiza a reposição de aulas perdidas e monitora a situação das escolas.
Flavia Antunes, chefe do escritório do Unicef no Rio, enfatiza a necessidade de integrar políticas de segurança pública e educação para mitigar os efeitos da violência armada no acesso à educação. O relatório evidencia a urgência de ações efetivas para garantir um ambiente escolar seguro e acessível a todos os alunos.
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