29 de mai 2025

Sentença de cirurgião pedófilo revolta vítimas e gera indignação pública
Joel Le Scouarnec, ex cirurgião francês, foi condenado a 20 anos de prisão por abusos sexuais a centenas de vítimas, principalmente crianças. A decisão, proferida em um tribunal em Vannes, gerou revolta entre as vítimas e advogados, que criticam a ausência de detenção preventiva e pedem penas mais severas. Le Scouarnec, que confessou 111 crimes de estupro e 188 agressões sexuais, pode ser liberado em 2032, considerando sua idade de 74 anos. A insatisfação é evidente, com questionamentos sobre a disparidade nas penas para crimes diferentes. A discussão sobre a necessidade de endurecimento das leis para crimes sexuais ganha força na França.
Foto:Reprodução
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Joel Le Scouarnec, ex-cirurgião francês, foi condenado a 20 anos de prisão por abusar sexualmente de centenas de vítimas, a maioria crianças. A decisão foi anunciada em um tribunal em Vannes, na França, após um julgamento que durou três meses. Le Scouarnec confessou ter cometido 111 crimes de estupro e 188 agressões sexuais.
A sentença gerou indignação entre as vítimas e seus advogados, especialmente porque não foi imposta a detenção preventiva, o que significa que ele pode ser liberado já em 2032. O juiz considerou a idade do réu, que tem 74 anos, e sua suposta intenção de se redimir. No entanto, essa decisão foi criticada por muitos, que argumentam que a pena é branda para a gravidade dos crimes.
Vítimas expressaram sua frustração. Uma delas questionou: "Por que um roubo pode resultar em 30 anos, enquanto centenas de estupros têm uma pena menor?" A presidente de um grupo de defesa infantil, Solène Podevin Favre, também lamentou a falta de uma pena mais severa, afirmando que a expectativa era de um veredicto menos indulgente.
Reações e Demandas por Mudanças
Advogados das vítimas pedem mudanças na legislação para permitir penas mais rigorosas. A advogada Marie Grimaud afirmou que, apesar de entender a decisão, não consegue aceitar simbolicamente a leveza da pena. Francesca Satta, outra representante legal, destacou que 20 anos é insuficiente considerando o número de vítimas.
O juiz Aude Burési, ao ler a sentença, reconheceu a demanda das vítimas, mas afirmou que a lei não permite a prisão perpétua em casos como este. A situação de Le Scouarnec contrasta com o que ocorreria nos Estados Unidos, onde penas podem somar milhares de anos em casos de múltiplos crimes.
A insatisfação é palpável entre as vítimas e seus familiares. A mãe de uma delas expressou o desejo de que Le Scouarnec nunca mais possa ofender. A discussão sobre a necessidade de penas mais severas para crimes sexuais continua a ganhar força na sociedade francesa.
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