30 de mai 2025
Família denuncia cremação indevida de pai de santo em cemitério de São Paulo
Cremado por engano, corpo de pai de santo gera revolta; família busca justiça e questiona autenticidade das cinzas entregues.
Odair dos Santos (à esquerda e no centro na segunda foto) morreu em 2022 e foi cremado sem autorização da família em maio deste ano. (Foto: Arquivo pessoal)
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O corpo de Odair dos Santos, pai de santo e praticante da umbanda, foi cremado sem autorização da família no início de maio de 2023, no Cemitério São Pedro, em São Paulo. A cremação ocorreu devido a um erro de identificação pela empresa Velar, que administra o cemitério.
Odair foi sepultado em janeiro de 2022. A família planejava exumar o corpo para transferi-lo a um novo jazigo. No dia 30 de abril, a exumação foi iniciada, mas a família não conseguiu concluir o procedimento por falta de um novo caixão. Ao retornar em 2 de maio, notaram que a terra do túmulo estava remexida e a lápide havia desaparecido.
A equipe do cemitério informou que o caixão de Odair foi utilizado para outra exumação, alegando urgência devido a um corpo que começava a vazar resíduos. Após pressão, a família foi informada que o corpo de Odair havia sido cremado por engano, confundido com o de uma mulher enterrada na mesma quadra. A família contesta essa versão, ressaltando que Odair foi enterrado com vestes de babalorixá.
Os filhos de Odair, Kleber e Flávia dos Santos, afirmam que a cremação é contra os princípios da umbanda, religião que praticavam. Eles pretendem acionar a justiça e denunciar a Velar ao Ministério Público, buscando responsabilização criminal e cível. A empresa reconheceu o erro, mas não chegou a um acordo com a família. A Velar se comprometeu a devolver os valores pagos pelos serviços, que totalizaram R$ 1.412.
A SP Regula, agência reguladora de serviços públicos, anunciou que irá investigar o caso. A cremação de Odair levanta questões sobre a gestão de cemitérios privatizados em São Paulo, onde a Velar é responsável pela operação desde 2023.
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