Fugido da polícia, Tiger é procurado após mortes em mina ilegal na África do Sul

A polícia sul-africana continua a busca por Tiger, um homem de 42 anos de Lesotho, que escapou da custódia após ser acusado de liderar operações ilegais em uma mina de ouro. O fugitivo, cujo nome verdadeiro é James Neo Tshoaeli, é procurado desde janeiro, quando foram encontrados 78 corpos na mina em Stilfontein.

A família de Tiger, que não o vê há oito anos, expressa preocupação com seu bem-estar. Sua mãe, Mampho Tshoaeli, relembra que ele era um bom filho e que, após a morte do pai, assumiu a responsabilidade de sustentar a família. “Ele realmente apoiou a todos, garantindo que tivessem roupas e comida,” disse a mãe. O último contato com Tiger foi em 2017, quando ele deixou Lesotho com a ex-esposa.

A situação dos mineiros ilegais, conhecidos como zama zamas, é alarmante. Supang Khoaisanyane, um dos mortos na mina, deixou sua família em busca de melhores condições de vida. Sua tia afirmou que ele buscava dinheiro para terminar a casa que estava construindo para sua esposa e filhos. “Ele estava tentando encontrar dinheiro para alimentar a família,” disse Mabolokang Khoaisanyane.

A polícia sul-africana enfrenta críticas por sua abordagem em relação aos mineiros ilegais. Uma estratégia controversa restringiu o fornecimento de alimentos e água para forçar a saída dos trabalhadores da mina. Essa tática resultou em mortes e deixou muitos sobreviventes em estado crítico. A família de Supang acredita que a falta de comida e água contribuiu para sua morte.

Enquanto isso, a busca por Tiger continua sem sucesso. A polícia não revelou novos avanços na investigação, e sua família aguarda ansiosamente por notícias. “Estou preocupada que ele possa ter morrido lá,” lamentou a mãe. A situação dos mineiros ilegais e as condições de trabalho continuam a ser um tema delicado na região.