04 de jun 2025
Influenciadora é assassinada em Islamabad após rejeitar investidas de homem
Influenciadora digital é assassinada em Islamabad após rejeitar investidas de homem. Caso levanta debate sobre misoginia nas redes sociais.
Sana Yousaf era uma influenciadora digital conhecida no Paquistão. (Foto: Sanayousaf22)
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Uma influenciadora digital de 17 anos foi assassinada em Islamabad, Paquistão, após rejeitar as investidas de um homem que a seguia nas redes sociais. Sana Yousaf, que contava com mais de um milhão de seguidores, foi morta em sua casa na segunda-feira, dia 29 de maio, quando o suspeito, Umar Hayat, de 22 anos, invadiu o local.
O homem foi preso e confessou o crime, alegando que tentou contatar Sana repetidamente antes de invadir sua residência. Após o assassinato, ele disparou dois tiros, roubou o celular da vítima e fugiu. O pai de Sana, Syed Yousaf Hassan, afirmou que ela nunca mencionou o suspeito ou qualquer comportamento ameaçador antes do ocorrido.
Repercussão e Debate
A morte de Sana Yousaf gerou um intenso debate sobre violência de gênero e misoginia nas redes sociais no Paquistão. O chefe da polícia de Islamabad, Syed Ali Nasir Rizvi, descreveu o crime como um "assassinato horrível e a sangue-frio". A violência contra mulheres que rejeitam propostas amorosas é um problema recorrente no país, conforme apontado pela Comissão de Direitos Humanos do Paquistão.
Após o crime, as redes sociais foram inundadas com mensagens de condolências. O perfil de Sana no TikTok ganhou centenas de milhares de seguidores em poucas horas, refletindo sua popularidade. Sua última postagem no Instagram, que mostrava uma celebração de aniversário, foi feita apenas algumas horas antes de sua morte.
Críticas e Apoio
A reação online incluiu críticas ao trabalho de Sana como influenciadora, com alguns usuários questionando suas postagens e sugerindo que a família deveria excluir suas contas. O diretor do grupo de defesa dos direitos digitais Bolo Bhi, Usama Khilji, destacou que essa crítica vem de uma minoria, em sua maioria homens, que citam motivos religiosos.
A ativista de direitos humanos, Dr. Farzana Bari, classificou essa reação como misogênica e patriarcal, ressaltando que a presença de mulheres nas redes sociais deve ser apoiada. O caso de Sana Yousaf é um lembrete da necessidade de um ambiente mais seguro para as mulheres que atuam como criadoras de conteúdo no Paquistão.
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