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Vítimas da guerra entre gangues em Cape Town enfrentam a violência cotidiana

Pastor medeia conflitos entre gangues enquanto um ex membro busca reabilitação, trazendo esperança em meio à violência no Cape Flats.

Davin foi morto a tiros há quatro meses - uma vítima involuntária do problema das gangues em Cape Flats - (Foto: Africa family)

Davin foi morto a tiros há quatro meses - uma vítima involuntária do problema das gangues em Cape Flats - (Foto: Africa family)

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A violência de gangues nas áreas do Cape Flats, em Cape Town, continua a ser um grave problema social, exacerbado pela história de apartheid e pela falta de recursos. Recentemente, o pastor Craven Engel tem atuado como mediador em conflitos entre gangues, enquanto Fernando "Nando" Johnston busca deixar a vida criminosa através de um programa de reabilitação.

Devon Africa, pai de Davin, uma criança de quatro anos assassinada em fevereiro, vive um pesadelo. O menino foi atingido por balas em um tiroteio entre gangues. A tragédia se agrava com a perda de sua filha mais velha, Kelly Amber, morta dois anos antes. A família, agora reduzida a três, enfrenta a dor da ausência e a insegurança constante em Wesbank, uma das áreas mais afetadas.

A província do Cabo Ocidental, onde se localiza o Cape Flats, registra a maior parte dos homicídios relacionados a gangues na África do Sul. Apesar das promessas de aumento no policiamento e da criação de unidades especiais pelo governo, a violência persiste. O especialista Gareth Newham destaca que as gangues oferecem uma estrutura social em comunidades negligenciadas, fornecendo serviços que o Estado não oferece.

Pastor Craven Engel, atuando em Hanover Park, busca interromper a violência mediando conflitos. Ele afirma que a economia local é dominada pelo tráfico de drogas, e a dependência química gera desemprego e desintegração familiar. Engel observa que cerca de 70% das crianças na comunidade enfrentam algum tipo de vício.

Enquanto isso, Fernando Johnston, membro da gangue Mongrels, busca uma saída. Ele se inscreveu em um programa de reabilitação de seis a doze semanas, com o apoio do pastor. Johnston reconhece que a vida no crime oferece apenas duas opções: prisão ou morte. Sua mãe, Angeline April, espera que ele aproveite essa oportunidade para mudar de vida.

Após duas semanas no programa, Johnston demonstra progresso. Engel relata que ele está se estabilizando, participando de atividades e mantendo-se longe das drogas. A esperança, embora rara, ainda existe em meio ao caos, enquanto muitos lutam para sobreviver em um ambiente marcado pela violência e pela falta de apoio.

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