Câmeras de vigilância e inteligência garantem mais transparência nas ações públicas

Após seis meses de operação, o programa Smart Sampa, da Prefeitura de São Paulo, apresenta resultados significativos na segurança pública. Com o uso de câmeras de vigilância e reconhecimento facial, foram registradas a prisão de 1.153 foragidos, além de 275 crimes solucionados e a localização de 68 pessoas desaparecidas. O sistema atualmente conta com 31,3 mil câmeras, e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) planeja expandir esse número para 100 mil até 2028.

O programa, que já se tornou uma referência em segurança, é parte de uma tendência crescente em grandes cidades ao redor do mundo. Em metrópoles como Londres e Xangai, a vigilância por câmeras é uma prática comum. A tecnologia utilizada no Smart Sampa permite que imagens capturadas sejam comparadas a bases de dados de procurados e desaparecidos, facilitando a ação das autoridades.

Entretanto, a implementação desse tipo de monitoramento não é isenta de desafios. O balanço do programa revelou que 23 pessoas foram levadas à delegacia e liberadas devido a problemas de identificação, resultando em um índice de 1,86% de inconsistências. Apesar de não haver prisões indevidas, a administração municipal reconhece a necessidade de reduzir esse percentual à medida que o número de câmeras aumenta.

A segurança pública envolve múltiplos fatores, e a integração de tecnologia é um passo importante. Contudo, é essencial garantir transparência e sigilo dos dados para evitar distorções e garantir a eficácia do sistema. O acompanhamento contínuo dos resultados é fundamental para aprimorar o programa e assegurar que ele atenda às necessidades da população.